sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Setembro Amarelo: o suicídio e a Bíblia



Setembro Amarelo é um movimento mundial que objetiva conscientizar a população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção em mais de 90% dos casos. O movimento ocorre no Brasil desde 2014. Ele tem duração de 30 dias e foi escolhido para acontecer no nono mês do ano, pois o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. O suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata um brasileiro a cada 45 minutos e uma pessoa a cada 40 segundos em todo o mundo. O movimento Setembro Amarelo é estimulado mundialmente pelo IASP (Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio) e no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). *

O suicídio é normalmente definido como o ato de tirar a própria vida. As cicatrizes emocionais deixadas na família e amigos são profundas e produzem não apenas sentimentos de solidão, mas particularmente senso de culpa e desnorteamento. 

Temos primeiro de distinguir entre suicídio e martírio, que é a disposição de dar a própria vida por convicções fundamentais consideradas inegociáveis, e atos heroicos de auto-sacrifício que resultam na preservação de outras vidas (por exemplo, um soldado lançando-se sobre uma granada para salvar outros). Conquanto o suicídio seja essencialmente uma negação do valor da vida presente e a solução extrema para uma existência tida como insuportável, os demais casos são expressões de respeito e amor à vida.

Vou relacionar os casos ou tentativas de suicídio registrados na Bíblia, extrair algumas conclusões e então fazer comentários gerais.

1. Casos de suicídio na Bíblia

Abimeleque, ferido mortalmente por uma pedra de moinho lançada contra ele por uma mulher, pediu ao seu escudeiro que o matasse para evitar a vergonha (Juízes 9:54). Saul, depois de haver sido gravemente ferido em batalha, tirou a própria vida (I Samuel 31:4). Vendo o que o rei fizera, seu escudeiro “jogou-se também sobre sua espada e morreu com ele” (verso 5, NVI). Essas mortes foram motivadas pelo temor daquilo que o inimigo lhes poderia fazer. Aitofel, um dos conselheiros de Absalão, enforcou-se depois de saber que o rei rejeitara seu conselho (II Samuel 17:23). Zinri tornou-se rei depois de um golpe de Estado, mas ao perceber que o povo não o apoiava, foi “à cidadela do palácio real e incendiou o palácio em torno de si e morreu” (I Reis 16:18, NVI). Judas ficou tão desorientado emocionalmente depois de haver traído Jesus, que acabou se enforcando (Mateus 27:5). Sansão tirou a própria vida e a de muitos proeminentes inimigos ao fazer com que um edifício todo ruísse (Juízes 16:29-30). Depois do terremoto, o carcereiro de Filipos pensou que os prisioneiros haviam fugido e tentou se matar por temor, mas Paulo convenceu-o a não fazê-lo (Atos 16:26-28).

[Ellen White menciona que Pilatos também cometeu suicídio. “A arriscar sua posição, preferiu entregar Jesus para ser crucificado. A despeito de suas precauções, porém, exatamente o que temia lhe sobreveio mais tarde. Tiraram-lhe as honras, apearam-no de seu alto posto e, aguilhoado pelo remorso e orgulho ferido, pôs termo à própria vida.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 709, 710)] *

2. Conclusões sobre os incidentes bíblicos

Nos incidentes mencionados acima, notamos muitas coisas. Primeiro, a maioria dos suicídios aconteceu no contexto de guerra, no qual tirar a própria vida foi o resultado de temor ou vergonha.

Segundo, os outros casos são mais pessoais e, além do medo, refletem uma auto-imagem demasiadamente pobre ou baixa auto-estima. Todas as mortes tiveram lugar quando o indivíduo estava num estado mental altamente emocional.

Terceiro, o suicídio é mencionado sem que haja qualquer juízo quanto à moralidade da ação. Isso não significa que ele seja moralmente correto; apenas indica que o escritor bíblico está simplesmente descrevendo o que aconteceu.

O impacto moral do suicídio deve ser avaliado segundo a compreensão bíblica da vida humana: Deus criou a vida, e nós não a possuímos para usá-la e descartá-la como bem entendermos. O sexto mandamento também tem alguma coisa a dizer sobre o assunto. Um cristão, portanto, não deveria considerar o suicídio como solução moralmente válida para o infortúnio de viver num mundo onde existe dor física e moral.

3. Comentários e sugestões

Como devemos reagir diante do suicídio de alguém a quem amamos? Primeiro, a psicologia e a psiquiatria têm revelado que o suicídio geralmente é o resultado de um profundo transtorno emocional ou desequilíbrio bioquímico associado a um profundo estado de depressão e medo. Não deveríamos julgar as pessoas que optaram pelo suicídio sob tais circunstâncias. Segundo, a perfeita justiça de Deus leva em consideração o impacto que nossa mente perturbada tenha eventualmente sobre nós; Ele nos compreende melhor que do que qualquer ser. Devemos colocar o futuro de nossos queridos em Suas mãos de amor. Terceiro, com a ajuda de Deus, podemos encarar a culpa de uma maneira construtiva, tendo em mente que muitas vezes aqueles que cometeram suicídio necessitavam de ajuda profissional que nós mesmos fomos incapazes de proporcionar. Finalmente, se você alguma vez for tentado a cometer suicídio, saiba que há profissionais disponíveis, medicamentos que podem ajudá-lo a superar a depressão, amigos que o amam e fariam todo o possível para ampará-lo, e um Deus que está disposto a trabalhar por você e, por meio de outros, dar-lhe forças quando caminhar pelo vale da sombra da morte. Nunca perca a esperança!

Angel Manuel Rodriguez (via Diálogo Universitário)



segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Estudo confirma: até uma pequena dose de álcool faz mal à saúde



Ao contrário do que a ciência [na verdade, alguns cientistas] vinha defendendo, até o mais regrado consumo alcoólico é prejudicial à saúde. É o que aponta um estudo conduzido pela Universidade de Washington, o maior sobre os efeitos dessa substância até hoje. Os autores defendem que as autoridades deviam aconselhar as populações a abster-se totalmente do consumo. O estudo foi conduzido pelo Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME), um ramo da Universidade de Washington, em Seattle, no âmbito do Global Burden of Disease, um projeto dedicado a recolher dados quanto às causas de doença e morte por todo o mundo. A investigação pretendeu descobrir quais os níveis de consumo de álcool e seus efeitos na saúde em 195 países entre 1990 e 2016. Para tal, os pesquisadores se basearam em 694 estudos para compreender o quão comum é o consumo e 592 pesquisas que envolveram 28 milhões de pessoas pelo mundo para descobrir quais os riscos de saúde.

As conclusões desse projeto foram publicadas na revista médica Lancet, que defendem, citadas pelo Guardian, que os atuais hábitos de consumo de bebidas alcoólicas colocam “terríveis ramificações para a saúde futura da população tendo em conta a ausência de ação política atualmente”.

De acordo com os dados à disposição, os pesquisadores compararam indivíduos completamente abstêmios com aqueles que consumiam uma bebida por dia. Após análise, verificaram que, em cada 100 mil pessoas que não bebiam álcool, 914 sofreram de doenças que também podem ser causadas pela substância, como câncer, ou sofreram de lesões, mas que esse número subia para mais quatro pessoas (918) se ingerissem uma bebida por dia.

O autor principal do estudo, o Dr. Max Griswold, aponta que os riscos são “baixos com uma bebida por dia, mas depois sobem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais”. As conclusões tornam-se mais graves quando o consumo aumenta: no caso de duas bebidas por dia, o número sobe em 63 pessoas que desenvolveram uma doença ao fim de um ano; com cinco ou mais bebidas, o número fica em 338 pessoas que sofreram de um problema de saúde relacionado com a substância.

Várias pesquisas anteriores apontavam para os benefícios de um consumo regrado no cotidiano, como um ou dois copos de vinho ou cerveja por dia. Contudo, segundo Griswold, “estudos prévios identificaram um efeito protetor do álcool em alguns casos, mas descobrimos que a combinação dos riscos de saúde associados ao álcool sobe com qualquer quantidade”.

O pesquisador adverte que “a forte associação entre consumo de álcool e risco de câncer, lesões e doenças infeciosas ultrapassa os efeitos protetores do álcool quanto a doenças cardíacas”. O relatório demonstrou também que o álcool provocou 2,8 milhões de mortes em 2016, tendo sido o principal fator de risco para morte prematura e doença no grupo demográfico dos 15 aos 49 causando 20% das mortes. Segundo os autores, “consumo de álcool contribui para perda de saúde de várias formas e faz sentir os seus efeitos ao longo da vida, particularmente nos homens”.

É tendo em conta esses valores alarmantes que a professora Emmanuela Gakidou, pertencente ao IHME, defende que é preciso “rever políticas de controle e programas de saúde, e considerar recomendações para a abstinência do álcool” em nível mundial. Para Gakidou, parte da solução inclui “exercer taxas sobre o álcool, controlar a sua disponibilidade física e as horas de venda, e controlar a publicidade ao álcool”.

Sonia Saxena, professora do Imperial College London e pesquisadora no projeto, disse à BBC que este foi o mais importante estudo conduzido na área. Saxena explicou que “este estudo vai mais além do que os anteriores por considerar vários fatores, incluindo vendas de bebidas alcoólicas, dados reportados pelas pessoas sobre o próprio consumo, abstinência, dados de turismo e níveis de contrabando e produção caseira”.

O estudo demonstra que uma em cada três pessoas no mundo, perfazendo um total de 2,4 bilhões, bebe álcool. O país onde mais se bebe é a Dinamarca (95,3% das mulheres e 97,1% dos homens), sendo que Paquistão e Bangladesh são os países onde menos homens e mulheres bebem, respetivamente (0,8% dos homens e 0,3% das mulheres). […]

Nota: Nada como um dia após o outro e uma pesquisa após a outra. Durante um século e meio, com base nos ensinamentos bíblicos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia vem pregando a abstinência de álcool e bebidas cafeinadas (também comprovadamente nocivas para a saúde). Quantas vezes ouvimos pessoas dizerem: “Um pouquinho só não faz mal”, “Quem só bebe socialmente não tem problema”, e coisas semelhantes. Pois é, agora a pesquisa científica mais uma vez corrobora o que a Bíblia já prescrevia. Quando as pessoas vão aprender a confiar mais na revelação de Deus? [Michelson Borges]

https://michelsonborges.wordpress.com/2018/08/26/estudo-confirma-ate-uma-pequena-dose-de-alcool-faz-mal-a-saude/


Estudo nº 2: DEUS PAI


Deus é incompreendido por algumas pessoas.
Seria Ele um ser cruel, sanguinário, vingativo, como alguns dizem?
Seria Ele uma energia que permeia todas as coisas?
O que diz a Bíblia sobre Deus?


Ele se revela. O Deus da Bíblia pode e deseja ser conhecido (Hebreus 1:1, Salmo 19:1, João 5:39, Romanos 2:14-15). Entre alguns métodos de revelação de Deus, estão os profetas (porta-vozes), a natureza (obras criadas), as Escrituras (obras dos profetas), a consciência (moralidade) e pela pessoa de Jesus Cristo (encarnação de Deus).

Ele é um ser distinto de Jesus (Daniel 7:9, 10, 13). Na visão, o profeta Daniel vê o Ancião de Dias (Deus Pai) e o Filho do Homem vindo até Ele (Jesus). Ali há uma teofania: a visão de Deus Pai dada ao profeta.

Ele é um ser espiritual. Sua natureza diverge na nossa natureza, que é humana. Um ser espiritual não significa necessariamente algo intangível ou abstrato (João 4:24).

• Embora ninguém tenha visto a Deus, há revelações simbólicas de Sua pessoa (teofania) e de Seu caráter (Êxodo 33:20). A questão de não podermos ver Deus, em toda Sua realidade e plenitude, a Sua pessoa exata, reside no fato de que nós, pecadores, nos separamos de Deus, e por isso não podermos contemplá-lo sem prejuízo próprio. O pecado impede a comunicação direta, face a face, com Deus. Nisto está também o sentido da encarnação.

Ele é uma pessoa, e não uma energia ou algo abstrato. Também não é a natureza (suas obras), o universo ou algo do tipo. Dentre as características que definem uma pessoa, temos:
1.     Raciocínio / inteligência: Jó 12:13, Jeremias 51:45
2.     Sentimentos: Sofonias 3:17, Jeremias 31:3
3.     Vontade própria / poder de escolha ou decisão: Mateus 6:10, 12:18
4.     Poder (força para realizar as decisões tomadas): Salmo 62:11

Atributos de Deus:

Incomunicáveis (inerentes e exclusivos à Ele):
• Imortal (Ele tem vida em Si mesmo, independente) - 1ª Timóteo 1:17
• Eterno (Ele não tem início nem fim) - Salmo 90:2
         • Onipotente (Ele pode fazer qualquer coisa) - Apocalipse 19:6
         • Onipresente (Ele pode estar em qualquer lugar, todo o tempo) - Jeremias 23:24
         • Onisciente (Ele sabe tudo) - Salmo 139:1-2

Comunicáveis (que são compartilhados com Suas criaturas):
         Atributos como o amor, o domínio (dado a Adão), companheirismo, cuidado, etc. São inerentes a Deus e compartilhados por suas criaturas, embora de modo parcial.

• Ainda mais importante do que conhecer a forma ou atributos físicos de uma pessoa (antropomorfismo, neste caso de imaginar a forma física de Deus), é conhecer o caráter dela:

- Ele é o único Deus (verdadeiro). Não há outro deus: Salmo 40:5, Isaías 46:5, 9
- Só Ele conhece e revela o futuro: Isaías 45:21
- Só Ele é criador: Salmo 33:6, 9
- Ele é soberano (poderoso, incontestável, absoluto): Salmo 24:1
- Ele é mantenedor de toda a vida que existe: Isaías 42:5
- Ele é bom. Para quantos Ele é bom? Salmo 145:9, Mateus 5:44-45, Atos 10:34-45
- Ele é amor (Não somente tem. Ele é amor. É Sua essência): 1ª João 4:8
- Ele é justo: Deuteronômio 32:4
- Ele é fiel: Deuteronômio 7:9
- Ele é misericordioso, paciente e perdoador: Êxodo 34:5-7
- Ele tem compaixão e sofre por nós: Salmo 86:15
- Ele é provedor: Salmo 45:4, Mateus 6:26
- Ele é Santo: Salmo 145:17
- Ele é juiz: Isaías 33:22
- Ele executa justiça: Êxodo 34:7, 20:5-6
- Ele é nosso Pai Celeste: Deuteronômio 32:6, Isaías 64:8

- Ele nos convida a ir até Ele: Mateus 11:28, 4:19
- Ele não rejeita ninguém que se aproxima dEle: João 6:37
- Ele tem grandes planos para nós: Jeremias 29:11, Isaías 55:8-9
- Ele não nos abandona: Hebreus 13:5

Por que devo adorar e reverenciar a Deus?
- Porque Ele nos criou: Apocalipse 4:11
- Porque Ele nos salvou: João 3:16, Apocalipse 5:11-13

Algumas promessas de Deus para nós:

Veja a imagem de Deus no pai da parábola do Filho pródigo: Lucas 15:11-32