domingo, 22 de julho de 2018

Fidelidade a Deus e finanças equilibradas


Recente pesquisa da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada em julho, mostra que 56,8% das famílias brasileiras entrevistadas se declararam endividadas no mês de junho. O universo pesquisado foi de 18 mil consumidores. A CNC também apurou o percentual dos que afirmam possuir débitos em atraso. No mês de junho, o percentual foi de 23,7%. Apesar de analistas afirmarem que tem havido uma sensível diminuição, os números ainda são expressivos.
Um relatório do Instituto de Finança Internacional, divulgado em abril desse ano, apontou que o endividamento global aumentou 5% nos últimos quatro meses de 2017 (237 bilhões de dólares). Entre as principais causas identificada estava o crescimento do nível de endividamento das famílias.
Endividamento é um problema que provavelmente afeta, também, muitos cristãos. E tem relação com princípios de generosidade, por exemplo, na devolução de dízimos e ofertas. O pastor Marlon Lopes, diretor financeiro da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, conversou com a reportagem da Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) a respeito desse problema e deu orientações práticas.

Constantemente vemos que o endividamento das pessoas é um problema preocupante, principalmente em economias emergentes. Na sua avaliação, qual é a raiz desse grande endividamento das famílias?

Paulo menciona em Filipenses 4:11-13 “…aprendi a viver contente em qualquer situação”. Isso nos dá uma opção de pensar que o endividamento, na maioria das vezes, é a falta da capacidade de aprender a ser feliz com aquilo que se tem.
Existem vários estudos conectando o endividamento das pessoas a compulsão por compras. A compulsão por ter coisas é a maneira com que as pessoas tem buscado a felicidade, porém esta estratégia não tem sido eficaz nesta busca. E os números estão aí para nos provar isto. (Hebreus 13:5)

A Bíblia adverte quanto ao uso racional das finanças, certo? O que se pode dizer sobre isto?

O segundo tema mais encontrado na Bíblia é sobre o dinheiro e, na maioria das vezes, a menção é como advertência, preocupação sobre o mau uso. Isso nos deve colocar num outro nível de compreensão. Precisamos entender a razão porque Deus nos dá o dinheiro, o propósito do dinheiro na nossa vida, etc. Em nenhum momento você encontra na Bíblia a defesa da ideia do “dinheiro pelo dinheiro.” Quanto mais nobre forem seus propósitos com o dinheiro, mais feliz você será e menos riscos de descontrole financeiro também.

Quais são as orientações e conselhos que o senhor dá para quem quer ter as finanças equilibradas?

A primeira coisa que precisamos entender é que não existe caminho milagroso, em que se deixa a gestão no “piloto automático” e tudo acontece, especialmente quando se fala em sair do endividamento e mudança de estilo de vida. Isso exige atenção e disciplina.
Aqui vão algumas dicas simples que podem ajudar:
* Tenha um orçamento: isso é básico. Você precisa saber seu potencial, bem como seu limite.
* Coloque as prioridades na ordem correta (Deus, família, mundo).
* Tenha um plano de reserva definido, claro e adequado à sua realidade. Alguns chamam esta reserva de dízimo pessoal.
* Reúna a família e tomem as decisões em conjunto. Cada um precisa se sentir responsável pela saúde financeira familiar.
* Comemore cada avanço alcançado ao longo do caminho.
Isso pode não resolver seus problemas e certamente não quero ser superficial, mas certamente estas dicas serão um apoio nas suas decisões.

A fidelidade nos dízimos e ofertas tem relação direta com esta vida financeira equilibrada também? E por quê?

A fidelidade nos dízimos e ofertas é fundamental. É o inicio de tudo. Algumas pessoas tem uma compreensão errada sobre por que dizimar. Alguns entendem que devem dizimar para Deus os abençoar. Porém o dízimo é exatamente o contrário: Deus já o abençoou e o que estamos fazendo é somente devolver os 10% dEle, da bênção já recebida. Em outras palavras: o dinheiro já foi para seu bolso e o que você está fazendo é devolver a parte dEle. O mesmo princípio se passa com as ofertas: gratidão pela bênção já recebida. Um ponto muito importante a entender é que a fidelidade a Deus nos dízimos e ofertas tem impacto positivo na parte que fica com você, e esta é uma bênção específica para aqueles que são fiéis: sabedoria na gestão dos recursos pessoais, fazendo toda a diferença neste mundo onde cada vez mais os valores estão invertidos.

Pela honra de Grayskull!

she-ra2Alguém já disse que a inteligência de Satanás seria inútil se ele não tivesse sutileza. Ou senso de timing. E aí nos lembramos daquela surrada alegoria de que um sapo imerso em água fria acaba morrendo despercebidamente se a aquecermos devargazinho. De queixo caído eu fico é quando alguém defende que o sapo apenas cometeu suicídio – afinal, por que culpar quem encheu a panela com água, atraiu o bicho e acendeu o fogo? Bom, já lá se vão uns 60 anos pelo menos desde que os intelectuais orgânicos do comunismo passaram a ocupar as universidades ocidentais, especialmente dos EUA, sua mídia e indústria de entretenimento e sacaram sua riquíssima caixa de ferramentas. Depois, foi o que se viu: beatniks, Kinsey, make-love-not-war, Woodstock, Crumb, Shelton, Walter Conkrite, etc., etc., etc. E a biomassa(*) estranhando a princípio, mas depois relaxando e aproveitando como se Contracultura fosse só modismo, com data de validade como qualquer tolice do pós-guerra. (* Update para o século 21: trocar o termo “biomassa” por “microbiota”.)

Mas será que Contracultura tornou-se apenas um termo jurássico, quase nostálgico, com imagens esmaecidas de hippies chacoalhando as pudendas, fumando maconha e vendendo miçangas? Quem dera… Contracultura não é só tema de documentário datado sobre os tempos de juventude dos nossos pais reprisando à náusea o “she loves you, ye, ye, ye”. Contracultura é um bando de arremedos de jornalistas cumprindo a pauta ecumênica globalistas/socialistas/islamitas. Contracultura é algum cultor do Estado Leviatã Pantagruel xingar um liberal econômico da Escola Austríaca de fascista (sic).

Contracultura é Porta dos Fundos, é Fátima Bernardes a faturar milhões com um comercial chinfrim onde abocanha a linguiça (suína) dos irmãos JBS, é novela de época com personagens trans (novela das 6, meu bom Senhor!!!), é o tapa-sexo do Pablo Vittar, o cabelo do Filipe Neto. É macho botando batom, peruca e silicone para expulsar as mulheres de suas árduas conquistas nas artes, nos esportes e até dos concursos de beleza. É deputada tendo a cara quebrada a chutes por narcrotraficantes de extrema-esquerda e o beautiful people fazendo de conta que não viu. É conservador condenado por fazer piada e “progressista” impune depois de cometer repetidos crimes a céu aberto.
Contracultura é uma infinidade de universidades falidas, que drenam o grosso dos recursos reservados à Educação para produzir analfabetos funcionais inúteis, ressentidos e carbonários que ostentam diplomas indignos sequer de serem impressos em papel higiênico. É Ministério da Educação torrando nossos impostos em políticas voltadas a transformar nossos filhos em vagabundos, psicóticos e chimpanzés bonobos.

Contracultura é o panelão sob um fogo cada vez menos brando, onde todos nós, os sapos – dos encanecidos aos de chupeta – nos habituamos a interpretar a realidade e esperar do futuro (futuro?) aquilo que Hollywood e afiliados nos servem. E para quem não gosta de lixo novo, tudo bem. Reescrevem-se os clássicos de nossa saudosa lembrança em resolução 4K HDR Pixel-Quântico on demand.

Por exemplo, que tal o remake de Perdidos no Espaço? Confiram: nada dos abraços e olhares ternos, do companheirismo exemplar do casal wasp Guy Williams e June Lockhart; em seu lugar, uma dupla de neuróticos que se hostilizam e mal conseguem reprimir o ressentimento do divórcio para não traumatizar ainda mais os filhos. Penny? Encenada por uma ruivinha sardenta, quase um clone do caçula Will original. Judy? Sai a loura Marta Kristen e entra uma (qual é mesmo o cabresto semântico imposto pelo fascismo cultural, digo, politicamente correto?) afrodescendente – adotada, é claro! Don West? Nada do mocinho-macho-alfa-discreto Mark Goddard, vital para as missões da Júpiter 2 e namorado comportadíssimo de Judy, tragam logo um trambiqueiro/muambeiro de caráter dúbio! Ah, o Dr. Smith… Vamos exumar e tacar fogo nos restos mortais do saudoso Jonathan Harris. Olha lá uma psicopata EM-PO-DE-RA-DA. Mas para não dizer que tudo ali é desaforo, salva-se o Robô, bem convincente, nada lembrando aquele botijão de gás estilizado da série icônica dos anos 1960.
Isso aí foi só um dentre centenas, milhares de exemplos de como os marxistas culturais formataram a cabeça dos diretores, atores e roteiristas, a maioria não faz a mínima ideia do macroprojeto civilizicida a que servem. Pensam que tudo não passa de garimpar grana e índices de audiência. O idiota útil (palavras de Stalin) é útil porque idiota e idiota porque útil.

Não poderíamos encerrar o festim sem o coup de grâce: vitela. E os garçons não dormem em serviço! Desenhos nos canais infantis estrelados por crianças que vivem romances (e até casamentos) homossexuais. Foi-se o tempo das mensagens subliminares, Bob Esponja e Chowder. O negócio agora é “ferro com ferro deixando a massa queimar” (by Latino in “Amor de Pizza”). Então, de volta remakes, nos próximos dias nada da sílfide She-Ra; trocaram-na por uma personagem andrógina, sem lábios ou formas que lembrem minimamente uma curva. Satanás não se contenta apenas com Herodes, precisa de novos malakoi, de prostitutos cultuais, que, diga-se, nunca saíram totalmente de cena. Assim como o paganismo antigo, o moderno também não vive sem pedofilia. Vejam lá Aleister Crowley e André Gide se acabando com garotinhos importados da Argélia e da Índia.
aos
Resumindo a estratégia dos neocananeus:
  1. Popularizar personagens cômicos que apresentem um comportamento anômalo a fim de tornar leve e divertida a percepção da perversão.
  2. Construir personagens dramáticos para humanizar o pervertido e criar uma crescente empatia com as pessoas normais.
  3. Tratar a perversão como doença para rotular de intolerante, sádico e ignorante quem a considere como realmente é: uma perversão.
  4. Normatizar a perversão, a princípio estendendo ao pervertido os mesmos direitos do não pervertido e, depois, garantindo-lhe privilégios de tratamento social e inimputabilidade legal de modo que mesmo os que haviam sido coagidos a tratar a perversão como apenas uma doença sejam agora processados criminalmente se chamarem o pervertido de doente.
  5. Familiarizar e em seguida glamurizar o pervertido e a perversão na mente das crianças, seja nas escolas, seja nos entretenimentos infantis.
  6. Perseguir judicialmente os pais (preferencialmente cristãos e judeus, pois não são bestas de mexer com os muçulmanos) que tentem proteger os filhos dessa lavagem cerebral, sempre que possível condenando-os à multa, prisão e perda da guarda de suas crianças.
Segue o checklist da pauta dos revolucionários para o genocídio cultural do Ocidente:
Homossexualismo – ok.
Falência do casamento – ok.
Infanticídio – fetos ok, recém-nascidos em breve.
Ocultismo – ok.
Liberação das drogas – quase lá.
Poligamia – quase lá.
Pedofilia – em andamento.
Especismo – em andamento.
Incesto – em breve.
Bestialismo – em breve.
Necrofilia – em breve.
Canibalismo – ainda a agendar.

(Marco Dourado, formado em Ciência da Computação pela UnB, com especialização em Administração em Banco de Dados).

From Michelson Borges

O que Meghan teve que deixar para trás ao se casar com um príncipe

Recentemente, fiz uma série de palestras e pregações na cidade de Londres. Entre uma tarefa e outra, aproveitei para conhecer alguns lugares significativos, como a casa em que Isaac Newton nasceu, a Abadia de Westminster (onde estão sepultados Newton, Darwin e outras figuras importantes), o Museu Britânico, o de Ciências e o de História Natural, além de outros pontos turísticos. O que eu não sabia é que havia três coincidências interessantes reservadas para mim nessa passagem pela Inglaterra.
No alto da famosa roda-gigante London Eye, me dei conta de que estava sendo realizado um verdadeiro desfile de aviões militares. Aeronaves de vários tamanhos riscaram o céu azul daquela manhã de terça-feira. Uma esquadrilha formou o número 100 (o que me fez desconfiar de alguma efeméride) e outra deixou um rastro de fumaça com as cores da bandeira britânica. Um verdadeiro show! E eu ali, assistindo a tudo bem de perto, como se tivesse programado.
Depois de visitar a Abadia de Westminster, naquela mesma manhã, fui em direção ao Palácio de Buckingham. No caminho, me deparei com uma avenida decorada com bandeiras e fechada com um cordão de isolamento. Era certo que alguma coisa especial estava mesmo acontecendo – e que eu estava bem desinformado. Juntei-me à multidão e perguntei a uma moça com uniforme militar de gala: “Quem está vindo aí?” A resposta dela foi breve e com expressão de estranheza no rosto: “The queen of England!” Não consegui ver a rainha, mas recebi um tchauzinho da Duquesa de Cambridge, Kate Middleton. Mais uma vez fiquei feliz em estar no lugar certo, na hora certa, mesmo sem saber do que se passava.
A outra coincidência ocorreu dois dias depois, na cidade de Windsor. O plano era conhecer o famoso castelo, mas não foi possível entrar nele. Por quê? Porque o presidente norte-americano Donald Trump estava lá, em visita à rainha. E ali mais uma vez me vi cercado por uma pequena multidão, que dessa vez protestava contra o visitante. Mas vou deixar essa terceira coincidência de lado e me concentrar nas duas primeiras.
De fato, aquela terça-feira foi um dia de festa. Os ingleses estavam celebrando os cem anos da RAF, a famosa Força Aérea Real. A nobreza toda estava no local reservado para o evento, onde havia alguns aviões e helicópteros militares em exibição. A partir de certo ponto o povo não podia avançar. Podíamos apenas ver à distância milhares de militares fardados e mulheres elegantemente vestidas, entre elas a recém-casada Duquesa de Sussex. Dei toda essa volta para falar exatamente dela, pois acho que a moça ainda não se acostumou a toda essa pompa real. Na verdade, a vida dela mudou radicalmente a partir do momento que se uniu em matrimônio ao príncipe Harry.
Ao se casar com Henry Charles Albert David, mais conhecido como Harry, a atriz norte-americana Meghan Markle recebeu o título de Duquesa de Sussex e, de certa forma, passou a viver um conto de fadas desejado por muitas mulheres em todo o planeta. O que talvez muitas não saibam é que, pelo fato de agora fazer parte da realeza britânica, Meghan terá que abrir mão de muitas coisas – o que, ao que tudo indica, ela fez com muita satisfação. Veja algumas dessas coisas que a moça terá que deixar para trás e como essa escolha dela nos faz pensar em nossa cidadania celestial.

1. Casada com o príncipe Harry, Meghan terá os holofotes sempre voltados para sua família. Ela estará constantemente sujeita a críticas ou elogios, dependendo de suas atitudes. Assim também é a vida de quem decide servir ao Rei Jesus e fazer parte de Seu reino. Torna-se vitrine, tanto real quanto virtual. Espetáculo ao mundo, tanto a anjos quanto a homens (1 Coríntios 4:9). Não vive mais para si mesmo, mas torna-se representante do reino que abraçou, mais ou menos como Meghan, que agora também representa a realeza britânica. E, pelo que se pode perceber nas fotos e nas entrevistas, ela não se arrepende nem um pouquinho disso. Você considera um privilégio pertencer ao reino de Deus e aceitar as responsabilidades naturais disso, ou encara isso como um fardo?

2. Logo após anunciar seu noivado com o príncipe, Meghan também confirmou sua saída da série “Suits”. A Duquesa de Sussex parece ter encarado sua aposentadoria precoce numa boa. Em entrevista ao Hello Magazine, ela comentou essa nova fase: “Vejo isso como uma mudança… Um novo capítulo, entende?” Vale lembrar que ninguém da família real tem um emprego remunerado, o que tornaria impossível sua carreira de atriz. A partir de agora, Meghan vai se dedicar às causas humanitárias. Quando alguém aceita Jesus como Salvador e Senhor, inevitavelmente acaba tendo que deixar muitas coisas para trás. Às vezes, até uma carreira, um emprego. E faz isso por amor a Deus e para se dedicar a tarefas que não contrariem a vontade dEle.

3. Os membros da família real são representados nas redes sociais através do perfil oficial do Palácio de Kensington. Por conta disso, Meghan excluiu sua conta no Instagram e seu blog, The Tig. Além disso, a Duquesa de Sussex deve evitar selfies, pois a rainha Elizabeth II não aprova esse estilo de fotografia. De maneira semelhante, os filhos de Deus somente postam fotos e conteúdos aprovados por seu Rei. Cristãos devem ser modestos, discretos e focados, evitando divulgar ou curtir/compartilhar qualquer conteúdo que não edifique, que deixe uma impressão ruim a seu respeito e que não contribua em nada para o bem. Como acontece com a família real, cristãos devem se preocupar com seu bom nome e com o nome de seu Rei. Pergunte sempre: Será que meu Rei aprovaria esse tipo de conduta de minha parte? Será que Ele aprovaria esse conteúdo que estou consumindo e/ou que desejo partilhar?

4. Há diretrizes rígidas sobre o que é aceitável para alguém da realeza usar e o que não deve vestir. Algumas cores devem ser evitadas e calças estão fora de questão. Apesar de ter uma personalidade forte, Meghan dificilmente terá como fugir das regras mais tradicionais. A Duquesa de Sussex vai precisar adotar roupas mais conservadoras, como saias e vestidos abaixo dos joelhos. Por respeito à sua função e, principalmente, à realeza, Meghan terá que mudar seu guarda-roupa e adotar roupas decentes e distintas. Que tremenda lição para aqueles e aquelas que pertencem ao reino de Deus! Cada vez que vai a uma loja ou ao guarda-roupa escolher uma peça você se pergunta se esse traje vai honrar o nome do seu Deus? Será que o que visto faz com que as pessoas tenham bons pensamentos a meu respeito e a respeito dAquele a quem afirmo servir? Se Meghan terá que mudar ser guarda-roupa por respeito à sua função, quanto mais deveriam levar a sério esse tipo de coisa aqueles que se consideram embaixadores de Jesus e de Seus reino.

5. Agora que já disse “sim”, Meghan entrará com o processo para obter a cidadania britânica. Apesar da influência da família real, o procedimento deve durar alguns anos. É possível que a atriz renuncie à cidadania americana quando for declarada cidadã britânica. Algo semelhante ocorre com aqueles que abraçam o reino de Deus: renunciam ao mundo e às suas paixões (1 João 2:16) e passam a ser cidadãos do reino do Céu, com seus privilégios e suas responsabilidades. Pertencer a Deus e à Sua igreja é a coisa mais importante para eles, acima de qualquer outra filiação ou bandeira.

6. No passado, Meghan costumava se posicionar quando o assunto era política. Durante as últimas eleições dos Estados Unidos, ela chegou a postar uma foto de Hillary Clinton no Instagram, com a legenda: “Estou com ela.” Ela também se opôs ao Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Porém, agora, ela terá que ser muito mais discreta e prudente, pois os membros da realeza não têm permissão para expressar opiniões políticas em público. O cristão também procura ser prudente quando o assunto é política e outros temas delicados e polarizantes, afinal, o maior propósito de um filho de Deus é pregar o evangelho e alcançar todas as pessoas, de todos os credos e de todas as posições políticas. Se for partidarista, o cristão poderá fechar muitas portas. Por isso, ele imita seu Rei que, quando esteve aqui, não Se envolveu em questões políticas, pois Seu reino não é deste mundo. Cumpriu Suas obrigações de cidadão, mas deixou com César os assuntos que pertenciam a César.

7. Meghan terá que se despedir de seu nome de batismo junto com todos os outros apelidos que adquiriu ao longo dos anos. Após o casamento, ela passou a ser conhecida como Sua Alteza Real Duquesa de Sussex. Além do ducado, o casal também recebeu os títulos de Conde e Condessa de Dumbarton e Barão e Baronesa de Kilkeel. Quando se converte e é batizado, o cristão também passa a ser uma nova pessoa, uma nova criatura. Seu passado não mais importa. Seus pecados ficam para trás e ele passa a viver em novidade de vida com Jesus, aguardando o dia em que igualmente receberá um novo nome.

8. As mulheres da família real não podem ficar com as pernas cruzadas, como Meghan costumava fazer antes do casamento. Existe um manual de etiqueta para evitar fotos constrangedoras. O estilo Duchess Slant é o modo encontrado por mulheres para evitar que partes íntimas corram o risco de ser expostas. Em vez de cruzar as pernas, elas sentam com os joelhos juntos e os tornozelos cruzados. Os cristãos também devem se preocupar com esse importante aspecto comportamental: a decência. Assim como ocorre com as mulheres da realeza, as mulheres cristãs farão de tudo para preservar sua dignidade, feminilidade e discrição.

9. Meghan não poderá mais pintar as unhas de qualquer cor. As mulheres da realeza devem optar por tons claros, com aspecto mais natural. Não à toa, Meghan é vista com cores neutras nas unhas desde que passou a namorar Harry. Em seu casamento, ela escolheu a cor favorita da rainha Elizabeth II. Mais uma atitude digna de imitação. Qual a cor favorita de Jesus? Qual atitude Ele aprova? Como devo me comportar para ser visto como um servo dEle?

10. Assim como os demais membros da realeza britânica, Meghan é orientada a nunca comer lagostas, mexilhões e camarões. O motivo? O alto risco de doenças que podem ser transmitidas por esses alimentos. Além dos frutos do mar, eles também são aconselhados a evitar carnes raras e água da torneira, enquanto viajam para o exterior. Os cristãos que levam a sério os conselhos de saúde dados por Deus na Bíblia curiosamente também não comem esse tipo de alimento, além de não ingerir bebidas alcoólicas, não fumar nem fazer uso de drogas. E fazem isso não apenas para evitar doenças, mas para ter uma mente clara a fim de se manterem conectados com seu Rei.

11. Meghan também precisou seguir a tradição na hora de montar seu buquê de casamento. Ela teve que incluir a flor de murta, símbolo do amor, que é usada desde o casamento da filha da rainha Vitória. Ela também usou algumas das flores colhidas pelo próprio príncipe Harry. A espécie escolhida por ele foi a miosótis, conhecida como não-me-esqueças, a favorita da princesa Diana, sua mãe. Filhos de Deus igualmente respeitam as boas tradições e amam seus pais. Linda essa atitude de Harry!

12. Sempre que a rainha se levanta todos os membros da realeza devem ficar de pé ao mesmo tempo e só podem voltar aos seus lugares depois dela. Meghan também deve fazer uma reverência sempre que cumprimentar a monarca. Se uma autoridade humana merece todo esse respeito, quanto mais o Rei do Universo! Deus é nosso amigo, nosso Pai, mas também é nosso Senhor e Criador. Portanto, devemos sempre ser reverentes diante dEle e na casa dEle.

13. A partir de agora Meghan até pode usar roupas de couro e pele, mas apenas de animais que não foram sacrificados. A regra também existe porque o guarda-roupa real não deve ser muito luxuoso. A ideia é não chamar atenção. Outra lição para os cristãos súditos do reino de Deus. Nada de luxo. Vida simples, amor às criaturas de Deus e atenção atraída não para si mesmos, mas para o Rei.
É bonito ver como os britânicos respeitam sua rainha e seus nobres. Também é interessante notar como Maghan Markle abriu mão de tanta coisa por amor a seu marido e por respeito à “instituição” da qual ele faz parte. Por amor, ela não considera suas obrigações um fardo. Na verdade, sente-se honrada e feliz. Esta também deveria ser a atitude de todo cristão: sentir-se honrado por pertencer ao reino de Deus e feliz por poder fazer a vontade de seu Rei.

Michelson Borges

Uma praga chamada marxismo cultural (entrevista)

Samuel Fernandes Caldas nasceu em 1970 e é licenciado em História. Casado com Viviane Borges Moraes Caldas, trabalhou como metalúrgico, motociclista, professor no Colégio Constelação, na rede estadual de educação, e atualmente é professor de História da rede municipal de educação em São Paulo. Seus principais passatempos são ler e brincar com o filho caçula de três anos, junto com a esposa. Foi membro das igrejas adventistas de Itaquera, Cidade Líder, Artur Alvim, Vila Cosmopolita, e desde 1991 faz parte da Igreja Adventista de José Bonifácio, em São Paulo. Nesta entrevista, concedida ao jornalista Michelson Borges, ele fala sobre um assunto ao qual tem dedicado horas de estudo: o marxismo cultural.

Poderia definir marxismo cultural?

Primeiro, é preciso reconhecer meus limites aqui; minha resposta, ainda que sinteticamente verdadeira, pode não abarcar as amplas e complexas nuances do tema. O que costumamos chamar de marxismo cultural é, na verdade, o resultado de um desdobramento das ideias principais de Karl Marx, mas com nova roupagem e métodos diferentes, mais suaves, ainda que não menos maléficos em seus efeitos. Vale lembrar que Marx via toda a História marcada por uma luta de classes, opressores e oprimidos, e em seu tempo (século 19), entre burgueses e proletários. Para dar fim àquele estágio da humanidade os proletários deveriam, segundo Marx, pegar em armas e derrubar os burgueses do poder, estabelecendo assim a ditadura do proletariado, fase socialista do projeto comunista, que deveria ser sucedida por uma etapa mais avançada e atingiria o auge com o advento de uma sociedade sem papa e sem rei, onde todas as coisas seriam comuns a todos. 
Havia também uma alternativa de revolução por meio da desapropriação da propriedade privada em decorrência da crescente taxação tributária, paulatinamente, a fim de não despertar levantes populares – o que parece muito com o que ocorre no Brasil atualmente (desde o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, a taxação no Brasil subiu vertiginosamente, e a tendência é piorar).
Como o primeiro projeto falhou na Revolução Bolchevique de 1917, sobretudo porque na Primeira Guerra Mundial o “proletariado” se empenhou em lutar por sua nação, mostrando assim não ter nenhuma consciência de sua classe e função histórica, Antônio Gramsci propôs o caminho da batalha cultural, assim como Georg Lukács e os membros da Escola de Frankfurt, ou seja, não atacariam a infraestrutura econômica/material da sociedade composta por burgueses e proletários numa relação material econômica, mas a superestrutura cultural que dá fundamentos àquela realidade.
A superestrutura cultural que dá força à civilização ocidental é tripartite, sendo fundada sobre o direito romano (propriedade privada, leis de proteção ao indivíduo), sobre a filosofia grega (a busca incansável pelo real, pela verdade, pelo belo, pela virtude na vida) e pela ética judaico-cristã (valores como casamento heterossexual, da vida humana, da modéstia, da responsabilidade individual diante de Deus, etc.). Esses são os objetos culturais que estão sendo atacados a olhos vistos desde a década de 1920.
Mais um detalhe: a Revolução Bolchevique (de outubro de 1917) foi um movimento de alguns intelectuais russos de ascendência israelita em sua maioria, que dirigiram as massas populares na sublevação e se aproveitaram da frágil conjuntura russa de descrédito do governo, de insipiência da indústria, de desemprego e da derrota para os japoneses em 1905, e depois houve também o domingo sangrento em que, sob as ordens do czar, cerca de 90 pessoas foram fuziladas, a fome reinante, a agricultura antiquada, do ponto de vista moral e religioso a presença e influência de Rasputin na corte russa, a entrada do país na Primeira Guerra Mundial, etc. Tudo isso acabou por criar o clima que propiciou a instalação do socialismo. Antes que algum desavisado julgue que foi um movimento puramente popular, de baixo, é preciso lembrar que tanto Lênin quanto Trotsky foram patrocinados por banqueiros internacionais, tais como Jacob Schiff (20 milhões de dólares), Max Warburg (seis milhões de dólares), Alfred Milner, que era um representante da casa Rothschild (cinco milhões de dólares), isso apenas para os primeiros meses da revolução socialista, depois teve muito mais. (Ver o livro Política, Ideologia e Conspirações, de Gary Allen e Larry Abraham, especialmente as páginas 63 a 82.)

Então, com a “queda” do comunismo, as ideias comunistas não morreram...

A ideia geral que se tem é a de que, com o fim da União Soviética (URSS) em 1990, o comunismo teria acabado. Contudo, há fortes razões para concluir o exato contrário, ou seja, que fazia parte da estratégia do movimento revolucionário comunista mundial (a Internacional Comunista) a “queda” da URSS, justamente porque a postura de resistência anterior seria desfeita, e com o reduto ocidental de guarda abaixada, o golpe do marxismo cultural provocaria um nocaute no último bastião da cultura ocidental. Isso seria o ataque definitivo aos Estados Unidos.
Desde os anos 1950, na verdade, centenas de agentes soviéticos estavam infiltrados nos EUA, inclusive no governo norte-americano e posteriormente na CIA. Além disso, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, alguns membros da Escola de Frankfurt fugiram para os Estados Unidos buscando abrigo, e assim puderam corroer a cultura americana de dentro das universidades, o que, por sua vez, preparou em parte o terreno para os eventos da década de 1960, do movimento de contracultura, da liberação das drogas, da liberação sexual, da ascensão do feminismo (muito embora o feminismo tenha surgido antes, o movimento cresceu mais fortemente a partir daí), da rebelião contra os valores familiares, os valores morais em vigor, etc.

Existem hoje variantes do marxismo, digamos, original. Nenhuma presta?

Não existe uma só variante que preste. Como as bases dos estudos de Karl Marx estão viciadas desde sua origem (vide Marxismo Desmascarado, de Ludwig Von Mises, e também desse autor A Mentalidade Anticapitalista). De índole marxista, ainda existem os trotskistas, que pretendem a missão de restaurar um marxismo mais próximo de Marx, mas esse tentáculo revolucionário tem pouca expressão no mundo, se comparado com o marxismo cultural. No Brasil temos o partido PCO dessa linha; em outros países há outros exemplos. Ao que parece, quanto mais próximo do pensamento marxista, tanto mais truculento, e, por outro lado, quanto mais distante de Marx, tanto mais cultural o método da guerra.
Numa visão superficial, a impressão que se tem é a de que alguns acertos foram alcançados. Por exemplo, alguém poderia alegar que um clima de independência maior ou de igualdade social foi atingido. Mas, quando comparado com as melhores sociedades ocidentais, a igualdade comunista era nivelada por baixo, dirigida pelo estamento burocrático dos sovietes, da nomenclatura, como diz Mises. 
Mas creio que o mais importante seja destacar que pouco importa ao neomarxismo a forma em que se manifeste, desde que haja o conflito cultural em que os pilares do Ocidente sejam destruídos, os mesmos que impedem o “progresso da história” para o advento do paraíso comunista na Terra. Saul Alisky (Regras para Radicais) e Ernesto LaClau, este último invertendo a base econômica (a infraestrutura) para a superestrutura, dizem abertamente que a propaganda revolucionária cria a classe que a representará.
Os críticos do marxismo, ao revisar a base econômica que, segundo Marx, era a base do movimento histórico, pensavam ter destruído o movimento, quando de fato mal tinham arranhado sua estrutura.
Este texto nos ajuda a perceber os resultados da cultura comunista: “O socialismo, o coletivismo e seus agregados políticos e culturais são, no fim das contas, apenas a última consequência de nosso passado; são as últimas convulsões do século 19, e somente neles é alcançado o nadir de um desenvolvimento de séculos na direção errada; são o estado final e sem solução para o qual estamos sendo arrastados, a não ser que façamos alguma coisa” (Wilhelm Ropke, The Social Crisis of Our Time, p. 201).

Na prática, no dia a dia, de que outras formas essas ideias repercutem na sociedade atual?

Podemos sentir a influência das ideias do neomarxismo no ativismo judiciário, nas ONGs envolvidas nas causas dos direitos humanos, na destruição da linguagem com as ideias de Jacques Derrida, do desconstrucionismo; um exemplo disso na literatura é a “novilíngua” do livro 1984, de George Orwell; na destruição da moral por meio de filmes hollywoodianos (vale lembrar que a esmagadora maioria dos produtores de Hollywood é esquerdista, portanto revolucionária). Também na educação brasileira, com as obras de Paulo Freire, enquanto nos EUA e Europa com autores como Allan Bloom, Marjorie Perloff e Peter Brooks. Apenas a título de exemplo, considere esta citação: “Considere o Postmodernism, Sociology and Health (1993) de Nicolas Fox, sociólogo que ministra palestras em escolas de medicina inglesas. O senhor Fox assegura aos seus leitores que termos como ‘paciente’ e ‘doença’ são ‘ficções sociológicas’ que podem ser melhoradas por ‘elementos da teoria feminista e conceitos derrideanos de difference e intertextualidade’” (citado em Keith Windschuttle, The Killing of History: How Litarary Critics and Social Theorists are Murdering Our Past. New York: Free Press, 1997, p. 13, extraído do livro Radicais nas Universidades, de Roger Kimball, p. 48).

Fale um pouco mais sobre a relação entre marxismo, feminismo e ideologia de gênero?

Como o movimento marxista não conta mais com o proletariado como classe histórica, literalmente “massa de manobra”, o discurso revolucionário cria a classe “proletária”, por assim dizer. É nessa perspectiva que o feminismo, os afrodescendentes, os gays, as lésbicas, os pobres e até os criminosos são usados como ponta de lança da revolução, pois são oprimidos de uma sociedade “injusta”, daí as leis abusivas, que pretendem salário para as famílias dos presidiários, a proposta recente de décimo terceiro salário para eles e as cotas universitárias, tão problemáticas. As supostas (in)justiças partem do falso conceito de igualdade, que transcende a igualdade jurídica e do juízo final, para entendê-la como igualdade ontológica, psicológica, etc. Quando, se partirmos do real, como fazia Aristóteles, facilmente veremos em nosso círculo mais próximo, a família, por exemplo, que nenhum de nós é igual ao outro. Os gostos, os talentos, a estética de cada um são distintos; também o meio em que cada um existe, mesmo em uma família é frequente que um filho tenha vivido com os pais momentos econômicos que o influenciaram de modo decisivamente diferente do outro, o que faz deles pessoas irremediavelmente únicas. Mas o movimento do marxismo cultural deve ignorar tudo na busca da transformação social, da práxis de Marx como base teórica, que, novamente, se mostra anticientífica, pragmática, pois não existe verdade, o que existe é o discurso que justifica o projeto de tomada de poder.

Você defende o patriarcalismo bíblico. O que é isso e por que não se trata de machismo?

Não defendo a postura de superioridade moral, de poder masculino sobre a mulher, isso seria uma espécie de ditadura familiar. Creio, por outro lado, que Deus criou homem e mulher, macho e fêmea semelhantes a Deus, segundo Sua semelhança. Assim, ambos são equivalentes em sua origem, em sua importância diante do Senhor.
No entanto, embora reconheçamos essas similitudes entre os dois sexos, há também distinções no plano funcional. Citemos, por exemplo, o papel de chefia confiada a Adão ao dar nome aos animais, como se Deus estivesse determinando ser ele o responsável por eles. Então, logo após, Deus faz a mulher a partir de sua costela e a apresenta ao homem que, novamente, dá a entender que ele é o responsável por ela; e o homem lhe dá o nome. Depois do pecado de Eva, nada aparentemente ocorreu com ela. Apenas quando o homem comeu do fruto proibido, diz a Escritura Sagrada, perceberam que estavam nus (Gênesis 3:7).
Mas os papéis funcionais masculino e feminino são mais claramente vistos no Novo Testamento. O apóstolo Paulo parte da divindade para a humanidade, em sua comparação funcional (não ontológica) em 1 Coríntios 11:3: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.” Assim como Cristo não é inferior ontologicamente ao Pai, mas apenas funcionalmente, assim também no casamento o homem e a mulher, embora iguais ontologicamente, são distintos funcionalmente.

Você não acha que as mulheres devem “se garantir”, para o caso de o homem faltar com suas obrigações? Não seria bom que elas se capacitassem para funções além de ser mãe?

Sim, claro. Creio que, assim como diz a mensageira especial de Deus para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen G. White, os jovens só devem começar o namoro assim que estiverem se sustentando por trabalho. Então, a capacitação para trabalhos profissionais e domésticos é fundamental ao casal, não apenas para o homem. E se respeitados os conselhos de Deus, o casamento será, como diz a Escritura, até que a morte os separe; assim, se eu faltar para minha esposa, ela deve estar preparada para assumir o sustento e o cuidado de nossos filhos e do lar. Espero que nossas jovens busquem ao Senhor e se preparem; dessa maneira serão uma bênção ao mundo, mesmo quando estiverem desamparadas pelo marido. 

Com tantos “ismos” por aí, por que você escolheu o adventismo?

Embora tenha nascido em um lar adventista, de pais e avós maternos da mesma fé, tive um bom fundamento durante minha infância na Escola Sabatina de Vila Ré e de Itaquera, mas, sim, tive contato com várias igrejas por meio de amigos que fiz na escola. Creio que pela providência de Deus nenhuma ideologia me atraiu, senão a música rock e os esportes radicais, como o bicicross. A bênção é que, mesmo nesse período, em meu coração não havia paz; sentia um vazio na alma. Cheguei a ter depressão, mas ouvia os hinos do quarteto norte-americano The King’s Heralds e do quarteto Mensagem, do qual meu pai era segundo-tenor; assim a música sacra foi um veículo da verdade de Deus para mim. Mas minha conversão se deu quando assisti a uma série evangelística da Igreja Adventista chamada Projeto Sol, no ginásio do Ibirapuera, com o pastor Alejandro Bullon como pregador. Deus falou ao meu coração por meio daquelas mensagens cantadas e pregadas, e por fim me decidi pelo batismo. Desde então nunca mais fui vítima de depressão, a paz de Jesus Cristo, Justiça Nossa, pela mensagem da justificação pela fé, encheu meu coração. Uma das minhas maiores alegrias foi ter sido chamado para ser professor da Escola Sabatina, na minha amada igreja de Conjunto José Bonifácio, COHAB II, zona leste de São Paulo, e fico muito feliz quando sou chamado a pregar.

Como foi seu período na universidade? Com que ideologias se deparou? Foi influenciado por elas? Como se libertou delas?

Foi tenso, um verdadeiro choque de cosmovisões. Quanto ao relativismo e ao minimalismo histórico, consegui resistir. Todavia, não demorou a me identificar com a ideologia de Karl Marx e me tornar um militante. Antes mesmo de entrar nesse ambiente, eu já votava nas esquerdas desde 1989, mais por sentir, pelo discurso político revolucionário, que os pobres nunca seriam atendidos com os políticos profissionais no estamento burocrático do governo.
Apenas em 2014, dois anos após concluir minha licenciatura em História, libertei-me daquele “canto da sereia”. O livro que me trouxe a lucidez, revelando a verdadeira face do comunismo sob a máscara das “minorias”, da “igualdade”, e que me informou tudo o que na universidade evitaram, foi O Mínimo que Você Precisa Saber Para Não Ser um Idiota, do filósofo e analista político Olavo de Carvalho. Nos mais de 15 livros dele que li após a universidade, encontrei muito mais em suas análises culturais, históricas, políticas e filosóficas, além de ótimas dicas de autores e livros, do que a ortodoxia marxista universitária jamais me daria em acesso à alta cultura.

Em geral, quais os principais pontos de discordância entre cristianismo e marxismo cultural? E, especificamente, entre o adventismo e o marxismo cultural?

O cristianismo bíblico crê no dever e na responsabilidades individuais; no marxismo o que existe é a classe, o coletivismo, não há lugar para o indivíduo como tal; tudo o que diverge da classe revolucionária é combatido. A proposta comunista é de estabelecer um paraíso terrestre, uma imanentização da religião, quando no cristianismo esperamos por ser introduzidos na pátria celestial; nossa cidade é de cima. O marxismo tem uma concepção otimista do homem, como se ele fosse essencialmente bom, mas a Bíblia ensina que somos maus por natureza (Efésios 2:3), que fomos concebidos em pecado (Salmo 51:5), que nossas melhores obras são impuras diante de Deus (Isaías 64:6). 
Quanto ao adventismo do sétimo dia, tenho para mim que surgiu por vontade e plano divinos, do cumprimento de uma profecia bíblica, no exato momento em que a cristandade estava seriamente ameaçada pelo cientificismo novecentista, pelo Iluminismo, pelo darwinismo e o comunismo. Assim, Deus nos chamou para fazer frente ao erro com a verdade da Palavra de Deus. Não podemos aceitar as ideias humanas comprovadamente erradas como se fossem inocentes, compatíveis com nossa missão. O dever, a missão, o caráter profético da Igreja Adventista do Sétimo Dia, seu corpo doutrinário firmado a partir da Bíblia, somente, da Sola Scriptura, não nos permitem concessões. Precisamos, pela graça de Deus, manter íntegra nossa identidade; assim passaremos, em breve, de uma igreja militante para triunfante, na glória.

E o que dizer a Teologia da Libertação? Como você vê a tentativa de fusão entre cristianismo e marxismo, como se tentou fazer com essa teologia?

Nikita Serguêievitch Khrushchov, primeiro-ministro da URSS, inventou a Teologia da Libertação na década de 1950, mas apenas a partir de 1968, num congresso internacional, ele apresentou suas ideias, implementadas anos depois. O projeto era seguir a estratégia de Antonio Gramsci, de não combater a religião, mas corrompê-la por dentro, tornando-a uma caixa de ressonância das ideias revolucionárias. O padre Gustavo Gutierrez, em seu livro Religión, Instrumento de Liveración (1973), anos depois, escreveu o primeiro livro sobre o tema; apenas nove anos depois, Leonardo Boff surge no cenário nacional. A Teologia da Libertação tem duas camadas discursivas, uma descritiva e teórica e outra que é um discurso apelativo, unificador da militância, no qual ela se reconhece.
O cardeal Ratzinger, posteriormente, analisou apenas os aspectos descritivos/teológicos da tese, enquanto a camada politizada subjacente passou despercebida. Enquanto os católicos conservadores relaxavam julgando ter sido destruída a heresia, ela estava mais forte do que nunca, espalhada pela América Latina, especialmente no Brasil. A Igreja Católica foi feita caixa de ressonância das ideias revolucionárias, esvaziada de seu conteúdo doutrinário tornara-se politizada, mundanizada.
Diante disso eu me pergunto: Os demais cristãos têm se acautelado quanto ao perigo de perder seus valores distintivos pelos efeitos sutis das ideologias reinantes? A evidência aponta no sentido de uma infiltração em todas as igrejas...

Que livros você indica para alguém que queira se inteirar dessas questões?

Sobre o marxismo cultural indico Radicais nas Universidades, de Roger Kimball. Na mesma linha de análise, mas de forma mais ampla, indico toda a série “Cartas de um terráqueo ao planeta chamado Brasil”, e o livro O Mínimo Que Você Precisa Saber Para não Ser Um Idiota, organizado por Filipe Moura Brasil, com textos do professor Olavo de Carvalho. Do Olavo, também indico o livro Nova Era e a Revolução Cultural – Fritjof Capra e Antonio Gramsci, mais o livro O Jardim das Aflições – de Epicuro à Ressurreição de César: Ensaio Sobre o Materialismo e a Religião Civil – talvez este seja o livro mais bem escrito que existia sobre o espírito revolucionário, a destruição do conhecimento e da alta cultura.
Seguindo a mesma linha de análise cultural, com um refinamento e uma sutileza britânica, sugiro Theodore Dalrymple, em Nossa Cultura... ou o que restou dela. Do Mário Ferreira dos Santos, seu livro Invasão Vertical dos Bárbaros é fantástico em seu acerto crítico e simples em sua linguagem. Outro inglês fundamental para uma pesquisa da matéria é Roger Scruton, nos livros As Vantagens do Pessimismo e Pensadores da Nova Esquerda; neste último temos uma análise filosófica das proposições dos principais teóricos da esquerda, quatorze deles. Eu não poderia deixar de lado um espanhol implacável para o feminismo, igualitarismo e marxismo, o filósofo José Ortega y Gasset, em seu livro Rebelião das Massas
Também sobre o pensamento do próprio Karl Marx, do ponto de vista econômico e cultural, indico a leitura de Marxismo Desmascarado e A Mentalidade Anticapitalista, de Ludwig von Mises. Quanto à origem e desenvolvimento dos escritos de Marx como patrocinado por banqueiros internacionais, da origem e manutenção da Revolução Russa, é obrigatória a leitura do Política, Ideologia e Conspirações, de Gary Allen e Larry Abraham. Valerá como acréscimo a leitura do livro Introdução à Nova Ordem Mundial, de Alexandre Costa.

De todos os que citei até agora, nenhum conhece tanto da relação do marxismo na América Latina quanto Heitor de Paola; seu livro O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial é o mais esclarecedor que já li, o mais impactante, rico em fontes históricas. Semelhantemente ao dele, está a Hidra Vermelha, do historiador Carlos Ilich Santos Azambuja, tão preciso quanto Heitor de Paola, mas menos atual, por ter sido concluído na primeira metade da década de 1980; é farto em documentos históricos e exato na análise do comunismo mundial.