Por Leonardo Siqueira, jornalista
(http://www.criacionismo.com.br/2016/06/fundamentalista-vem-aqui-vamos.html)

Meus amigos vão me entender e
talvez, por isso, este desabafo seja desnecessário. Mas em nome daqueles que
acreditam no diálogo, na convivência entre diferentes credos ou não credos
(ateísmo também pode ser uma forma de fé), cores e raça – porque todos somos da
mesma raça, a humana – e orientação
sexual, gostaria de esclarecer:
1. Sou livre para votar em quem
quiser. Para acreditar no Deus ou na razão que achar conveniente.
2. Minha fé, que vai além de uma
placa de igreja, é apolítica. Voto em quem quiser. Essa mesma fé, baseada na
Bíblia, também ensina que o Estado é laico e diz que eu posso fazer a diferença
na sociedade em que vivo, e que devo amar não apenas os amigos, mas orar pelos
inimigos.
3. Minha fé luta contra a cultura
do estupro por meio do projeto Quebrando o Silêncio. Atua em desastres por meio
da Adra.
Fundamentalista? Por quê? Por crer
numa verdade fundamental?
Pouca gente percebe, mas, pela
ótica da análise do discurso (AD), essa palavrinha vem carregada de sentido, o
qual geralmente é atribuído a grupos violentos e extremistas, que contrariam os
preceitos da fé cristã.
Sobre o massacre em Orlando, a
Igreja Adventista do Sétimo Dia deixou a seguinte mensagem, a qual compartilho
com você, amigo, cristão ou não. Atenção para as palavras grifadas, que eu quis
salientar:
“Veementemente condenamos o ódio que
levou a esse massacre. Esse tipo de violência irracional não tem lugar neste país ou no mundo. É assustador que essas vidas tenham sido tragicamente perdidas
devido ao ódio. Oramos para que o amor de Deus conforte e console os entes queridos das vítimas, cujas vidas
se tornaram um pesadelo.
“Como cristãos, vigorosamente cremos que o ódio de
alguém contra o irmão, irmã, amigo ou inimigo
não procede de Deus, mas do próprio pai do mal, o diabo. Devemos condenar todas as expressões de ódio, desde à violência
verbal à mortal. Todas as
mulheres, crianças e homens neste mundo, independentemente
se prestam culto, vivem ou amam como
nós, são filhos de Deus.
“Somos assegurados de que, no
final, o amor vencerá. Sabemos que
um dia o ódio e o mal não mais existirão. Até então, seguiremos orando para que
as comunidades neste mundo possam viver sem medo.”
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