domingo, 10 de julho de 2016

Cristãos imperfeitos

 
O conceito bíblico de perfeição é diferente do que muita gente pensa



lightstock_147019Todas as pessoas que procuram viver em santidade correm o risco de incorrer num erro conhecido como perfeccionismo. A ideia de que o verdadeiro cristão deve alcançar impecabilidade aqui na Terra tem causado diversos males em algumas denominações cristãs, e com os adventistas não tem sido diferente. A Palavra de Deus apresenta respostas para nossos maiores questionamentos, e entender o que ela tem a dizer sobre o assunto pode nos ajudar a evitar esse problema.
Embora o Antigo Testamento mencione algumas vezes a perfeição divina, o significado é diferente daquilo que a mente ocidental, grandemente influenciada pela filosofia grega, geralmente concebe. O Antigo Testamento se preocupa em retratar a perfeição divina em termos do relacionamento divinohumano e não em descrever a natureza perfeita de Deus como sendo um fim em si mesma.
O teólogo adventista Hans LaRondelle discorreu sobre isso no livro Perfection and Perfeccionism, lançado em meados da década de 1970. De lá para cá, ele descansou no Senhor, mas o problema persiste em alguns segmentos.

DUAS CATEGORIAS

Segundo estudiosos, pelo menos cinco vezes a palavra tamim (“perfeito”, “irrepreensível”) deve ser aplicada a Deus com o significado estrito de perfeição (Dt 32:4; 2Sm 22:31; Jó 37:16; Sl 18:30; 19:7). Porém, todas as vezes que isso ocorre o conceito de perfeição está inserido no contexto da aliança de Deus com seu povo.
O termo tamim nunca aparece como predicado de Yahweh no sentido de enfatizar a perfeição como um fim em si mesma. Ao contrário, o Antigo Testamento mostra a perfeição divina em termos de amor redentivo revelado nas obras salvíficas de Deus (Dt 32:4), na sua santa e justa lei (Sl 19:7), nos seus caminhos (2Sm 22:31; Sl 18:30), no seu conhecimento (Jó 37:16) e em toda a história da redenção do seu povo (Is 5:4).
Longe de ser um conceito abstrato, ou mero resultado de raciocínio lógico humano, e muito menos um ideal ético inatingível de virtudes morais, ela é revelada na realidade concreta da história de Israel. É perfeição divina em ação, caracterizada pela intenção de salvar o ser humano.
A graça divina oferecida a Israel por meio do concerto requeria do homem perfeita obediência a Deus. Entretanto, essa perfeita obediência moral deveria ser totalmente fundamentada no sentimento de gratidão motivado pela graça. Assim, perfeição é a resposta ao amor e à graça numa total e completa inclinação do coração e da vida à vontade de Deus.
Na religião israelita havia uma união indivisível entre a experiência religiosa, a adoração e o comportamento religioso. Isso é visto especialmente no livro dos Salmos, intimamente interligado com a adoração no santuário israelita. Após serem incorporados ao culto oficial israelita, os salmos foram aceitos como orações inspiradas e, portanto, modelo para os adoradores no serviço do templo.
O livro dos Salmos, assim como ocorre na literatura sapiencial, classifica os seres humanos em duas categorias: os justos (saddiqim) e os perversos (resaim). Os justos são aqueles que amam e temem a Yahweh, que fazem “o que é justo” para seus companheiros israelitas e vivem em obediência a toda a Torah (lei). Os perversos são aqueles que escolhem uma forma diferente de existência, em que falta o princípio do amor a Yahweh e sua Torah como a motivação para suas ações. A diferença entre as duas classes não é apenas de comportamento religioso, mas a conexão com o próprio Deus.
O justo (saddiq) não é meramente alguém perfeito ou virtuoso no sentido ético, mas aquele que, motivado pelo amor redentivo de Yahweh, tem confiança nele e lhe obedece, vivendo de acordo com os mandamentos éticos, sociais e cultuais do concerto. LaRondelle comenta: “O saddiq, em última instância, é determinado por seu relacionamento para com o cultos [relacionamento com Deus através da adoração], e não por sua moralidade, perfeição ética ou impecabilidade.”

Perfeição não é sinônimo de impecabilidade nem de vindicação do caráter de Deus, o que já foi feito por Cristo na cruz


Nem o livro dos Salmos nem a Torah ensinam que o israelita sincero, que andava em perfeita obediência à lei de Yahweh, podia viver sem a necessidade de expiação ou perdão. Uma das principais emoções descritas no livro de Salmos é uma profunda consciência de pecaminosidade, que origina contrição na alma do adorador não apenas pelos atos pecaminosos cometidos, mas pela consciência da natureza pecaminosa do ser.
O Salmo 19, por exemplo, intensifica a distinção levítica de pecados inconscientes e pecados cometidos por rebelião. Enquanto o pecado involuntário era perdoado pelo ritual expiatório do santuário, não havia expiação para o pecado da rebelião. Somente o segundo tipo de pecado era capaz de separar o pecador da relação de concerto com seu Deus.
Davi orou e clamou pelo perdão divino, capaz tanto de perdoar a culpa quanto de subjugar o poder do pecado. Para o salmista, o resultado desses dois feitos do perdão divino é a seguinte declaração de fé: “então serei irrepreensível [tamim]”. Perfeição no Salmo 19 não tem que ver com impecabilidade inerente à natureza, mas sim com uma atitude da graça divina.
O padrão a ser alcançado era fundamentado na motivação do amor. O indivíduo que pautava a vida por esse padrão era considerado saddiq, completamente “justo”, e tamim, “perfeito” ou “completo”. Quando o pecado o assaltava, ele se arrependia e seguia o ritual de expiação, experimentava a purificação e a recriação do seu coração. Então era considerado justo e perfeito. Assim, a ideia de perfeição não era orientada no sentido de uma norma ideal ou virtude elevada, mas no sentido do relacionamento cultual na esfera do concerto.

PERSONAGENS

O conceito de perfeição israelita pode ser constatado na realidade empírica da vida de grandes personagens da história bíblica. Noé é o primeiro homem que as Escrituras chamam de “perfeito”, atribuindo-lhe o derivativo tamim. Em Gênesis 6:9 encontramos a declaração: “Noé era um homem justo e íntegro entre seus contemporâneos; Noé andava com Deus.” Embora encontremos tal testemunho sobre Noé, em Gênesis 9:21-24 encontramos um episódio infeliz da vida do patriarca, em que é relatado um grave pecado moral.
A segunda declaração de perfeição da Bíblia aparece no relato sobre o patriarca Abraão. Na declaração divina da teofania de Gênesis 17:1, o próprio Deus, ao mesmo tempo, demanda e atesta a perfeição do patriarca. Essa perfeição não denota impecabilidade, mas uma sincera dedicação em seguir uma vida santificada na presença de Deus. Embora Abrão tenha sido um homem de reconhecidas qualidades morais, ele também cometeu sérias faltas (Gn 12:11-13; 20:11-13).
O terceiro exemplo bíblico de perfeição é o do patriarca Jó. O livro sobre a vida dele começa com uma impressionante declaração de perfeição sobre seu protagonista: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1). Essa declaração quádrupla do caráter justo do patriarca inclui o radical hebraico tam, “perfeito”. Essa declaração inicial é reforçada pelo próprio Jó (6:29; 10:7; 12:4; 16:17; 23:11, 12; 29:12-17; 31:5, 6) e intensificada por outras três afirmações divinas (1:8, 2:3; 42:7, 8). Embora o testemunho bíblico a respeito dele o coloque na categoria de “perfeito”, sua condição moral estava longe de ser considerada como de impecabilidade (7:20, 21; 9:2, 15; 10:6; 14:16, 17).
Na teologia do Antigo Testamento, os “perfeitos” não são apenas distintos personagens bíblicos, como alguns patriarcas. O conceito de perfeição é ampliado a todo o Israel verdadeiro participante do concerto divino. Lemos: “bem-aventurados os irrepreensíveis” (Sl 119:1), “os que andam em integridade” (Pv 11:20)”, “os que andam retamente” (Sl 84:11). Em todos esses versos o verdadeiro israelita é designado com a palavra tamim.

PRESENTE DIVINO

Para entendermos o ensino de Cristo sobre a perfeição no Novo Testamento, é preciso analisar os dois lugares em que a palavra teleios aparece (Mt 5:48; 19:21), o equivalente do hebraico tamim. No contexto do sermão do monte, a declaração “Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos Céus” é o sumário das antíteses que se encontram em Mateus 5:43-47. Ali há um contraste com a piedade legalística dos fariseus, que não entravam no reino de Deus e impediam outros de entrar. Isso já é uma indicação de que a declaração de Cristo não pode ser considerada um imperativo moral que reclame perfeição ética ou impecabilidade.
Os ensinamentos éticos do sermão do monte não foram endereçados aos gentios e muito menos aos fariseus cheios de justiça própria, mas aos filhos de Deus que oravam a seu Pai celestial (Mt 6:9; 7:7-11); aos que são chamados de “sal da Terra” e “luz do mundo”, cuja luz não deveria iluminar suas próprias boas obras, mas glorificar o “Pai que está no Céus” (Mt 5:13-16); aos que não se orgulham de sua justiça própria, mas têm “fome e sede de justiça” e “buscam em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça” (Mt 5:6; 6:33).
O Salmo 37:11, texto de onde Jesus retirou sua declaração de Mateus 5:5, identifica “os mansos” ou “os justos” (saddiqim) como aqueles que “herdarão a Terra”. Essas duas classes e pessoas constituem o “homem íntegro” (tamim), ou “perfeito”, que tem a lei de Deus no coração (Sl 37:31). A expressão “limpos de coração” (Mt 5:8) também tem sua origem no livro de Salmos (24:4; 51:10). Assim como o acesso ao templo e o direito à participação do culto israelita eram restritos àqueles que se adequavam às condições da adoração e do comportamento israelita, as prescrições dadas por Cristo na “Torah do monte” são o código que restringe a entrada ao reino de Deus.
Em Lucas 6:36, paralelo a Mateus 5:48, o autor não usou teleios, mas oiktirmon, que significa “misericordioso”. Essa passagem concorda com a interpretação do imperativo de perfeição de Mateus como uma ativa e completa manifestação do amor perdoador a todas as pessoas, inclusive aos ingratos e injustos (Lc 6:35). A perfeição de Mateus 5:48 pode ser caracterizada dinamicamente como amor santo e misericordioso.
LaRondelle argumenta que a intenção de Mateus ao utilizar a palavra teleios foi demonstrar que o amor e a justiça não estão em contraste, mas são o cumprimento da Torah. Ele também declarou que o conceito dessa palavra não é orientado para a perfeição ética absoluta, mas para a consagração religiosa e cultual ao Deus universal de amor e graça.
Há uma riqueza no significado de teleios no evangelho de Mateus, o qual demonstra uma continuidade básica com o Antigo Testamento. Essa perfeição não pode ser alcançada por sentimentos, mas por um relacionamento perfeito com Cristo. Ela não é alcançada ao fim de um longo e difícil caminho de tentativas de imitação de Jesus, mas por meio da comunhão redentiva com ele enquanto o caminho está sendo trilhado. Para Mateus, a ética cristã de obediência é fundamentada no próprio Cristo.
Fotolia_52187921Portanto, a perfeição bíblica não é sinônimo de impecabilidade nem de vindicação do caráter de Deus, o que já foi feito por Cristo na cruz. Ela não é revelada em termos de virtude moral elevada ou padrão ético inatingível. Trata-se de um presente divino disponibilizado à pessoa que mantém relacionamento com seu doador, podendo ser alcançada aqui e agora.
O maior erro do perfeccionismo não está na sua tentativa desesperada de alcançar perfeição moral, mas em colocar o foco de seus esforços no ser humano, e não em Deus, a fonte primária de perfeição. O problema não é buscar a santidade; é não entender que ela é expressa ao se viver o amor de Deus. [Imagens: Fotolia

PATRICK SIQUEIRA é capelão do Colégio Adventista de Vila Yara, em Osasco (SP)
Publicado no site revistaadventista.com.

domingo, 19 de junho de 2016

Igreja não é boate

Antes de você ler este artigo, saiba que é bem-vindo à igreja com qualquer vestimenta. Algumas pessoas podem te olhar torto, mas Deus não faz isso. Porém, assim como planejamos o que vestir numa festa, apresentação de TCC, ocasião política, num encontro romântico e no trabalho, vale também ter uma atenção especial quanto às cerimônias religiosas. Quero também lembrar que a igreja promove a simplicidade e modéstia, que são princípios bíblicos, então as recomendações deste artigo não estão nada relacionadas à classe econômica de ninguém, mas servem como auxílio para qualquer indivíduo que tem interesse na conveniência, na elegância e no respeito. Você sabe que empresas podem exigir que seus funcionários vistam uniformes. Os parlamentares, por exemplo, devem usar terno e gravata. Em algumas repartições públicas, é proibida a entrada de pessoas com bermuda, chinelo ou roupa sem manga. Estas são regras de etiqueta, mas o bom senso vai além das normas. Por exemplo, você não costuma andar com roupa de banho no centro da cidade, nem com terno e gravata na praia. Então, como se portar na igreja?
Gostei de um pensamento que encontrei entre uma leitura e outra: “não há regras de etiqueta para o culto, mas há conveniências. E onde há ausência de regras não quer dizer que tudo é válido”. O escritor e apresentador Felipe Aquino explica que, para cada tipo de ambiente, existe uma recomendação de imagem pessoal. “Quando vamos à Igreja, vamos prestar culto a Deus. Sendo assim, a própria roupa que usamos já é sinal de nossa manifestação de louvor, de adoração, de respeito a Deus”, destacou. Glória Kalil, jornalista e consultora de moda, escreveu um texto no qual afirmava que “igreja não é boate”. Contou em sua página Alô Chics! que um padre passou a proibir as noivas, madrinhas ou convidadas de abusarem de minissaias e decotes nas celebrações de casamento. A jornalista Mônica Bergamo contou na sua coluna na Folha de S. Paulo que o padre Michelino Roberto resolveu dar um basta na extravagância das vestimentas nas missas e colocou alguém na porta para guiar as escandalosas à sacristia, onde uma variedade de echarpes e pashminas estão à disposição para cobrir as costas peladas e os peitos de fora, considerados inadequados na casa do Senhor.
Concordando ou não com esta atitude, quero chamar sua atenção aos conselhos de etiqueta quanto à vestimenta em ocasiões e ambientes religiosos. Glória Kalil analisou esses acontecimentos e disse: “bem que eu avisei”. Em seu livro (Chic[érrimo], ela explica: “cerimônia religiosa exige certa contenção na exibição dos brilhos e do corpo. Decotes e fendas podem ser disfarçados e atenuados por xales e estolas. Sinal de respeito”. Veja só o que aconteceu no programa Esquadrão da Moda.
Encontrei em um site católico um excelente comentário feito por um líder religioso desta denominação: “nós nos vestimos para chamar atenção de pessoas e receber elogios. Por que uma moça usa uma saia curta e uma blusa apertada? Por que um rapaz usa uma baby look agarrada? Não tem nada a ver com Deus”. Seria interessante se analisássemos sinceramente nossas intenções ao escolhermos o que vestir, principalmente na casa do anfitrião: Deus. “Não se trata de uma religião específica, mas sim do respeito que cada um carrega dentro de si quando se dirige a um local sagrado. Certos trajes conotam vulgaridade e falta de conscientização quanto ao real objetivo daquele encontro e desrespeito com as pessoas presentes”.

Por Emanuelle Sales, em
http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/emanuele-salles/igreja-nao-e-boate/

Igreja sem Deus?

A notícia tem um título intrigante: “pastora evangélica provoca polêmica no Canadá após declarar que não acredita em Deus”. O nome da pastora é Gretta. Ela é pastora da Igreja Unida do Canadá. A denominação foi fundada em 1925 e é resultado da junção de quatro correntes protestantes, incluindo a presbiteriana e a metodista. Hoje, conta com 2,5 milhões de seguidores, cerca de 7% da população total do país, e perde apenas para o catolicismo em número de fiéis.
A igreja é conhecida no país por suas posições bem progressistas. Admite, por exemplo, pastores homens e mulheres. Na direção oposta às igrejas brasileiras, aceita líderes declaradamente homossexuais e a união entre casais gays é permitida desde os anos 80.
Mesmo com todos os pontos mais liberais da igreja, Gretta provavelmente foi longe demais ao afirmar que Deus não existe. Ela vai passar por um processo de avaliação e depois será decidido se ela permanecerá ou não no cargo. Mesmo com a iminente destituição do cargo, Gretta mantém a rotina de trabalhos voluntários, palestras e cultos. E, se não acredita no poder das orações para salvá-la da demissão, ainda tem fé na generosidade dos homens.
Incontestavelmente, igreja sem Deus não existe. Se Ele sai, não sobra nada para a religião, mas será um clube ou um lugar de encontro social. Gretta está mexendo com coisa séria, porque não é só a fé dela que ficou abalada, mas dos seus liderados também.
A igreja existe para prover um ambiente propicio à instrução e à adoração, ajudando as pessoas a terem um encontro com Deus. Negar a Deus e tira-lo da igreja pode ser feito de forma declarada, como Gretta o fez, mas há uma forma mais perigosa e sutil, não declarada.
Uma das formas é criar um sistema de doutrinas e crenças de acordo com as necessidades humanas, não respeitando os conceitos bíblicos dentro do seu contexto. O mesmo acontece quando se substitui determinados pontos da revelação bíblica para se adequar às necessidades humanas que hoje tem maiores dificuldades de seguir alguns pontos da revelação. Religião de conveniência ou de interesse não tem base em Deus.
Essas aberrações religiosas criam o que podemos chamar de cristianismo instantâneo. Foi esse fundamentalismo manco que introduziu o cristianismo instantâneo nas igrejas evangélicas para a realização fácil e rápida de tudo, sem se preocupar com a sua qualidade ou a permanência das pessoas. Essa forma instantânea gerou um vírus que contagiou muitas igrejas e por meio da literatura, dos evangelistas e missionários, está se espalhando por todo mundo.
O cristianismo instantâneo acompanhou a revolução industrial. As máquinas foram inventadas com basicamente duas finalidades: (1) fazer mais rápido o trabalho considerado importante e (2) terminar logo suas tarefas para se dedicar a coisas do seu agrado.
O cristianismo instantâneo oferece um Deus que está sempre pronto para atender os seus pedido e que ignora o seu passado, garante o futuro e te liberta para seguir as inclinações da carne sem um mínimo de restrição.
O problema está quando se esconde o lado da justiça de Deus e foca apenas na graça que resulta em uma pregação desequilibrada que produz cristãos desequilibrados e um cristianismo enfermo.
Deus é o centro da fé e da igreja. A Bíblia é a revelação total de Deus e a regra de fé e prática para os cristãos. Fugir disso ou procurar qualquer acomodação é anestesia espiritual. O utilitarismo que fortalece o pensamento “o que é que eu vou ganhar com isso” precisa ser combatido ao se ensinar às pessoas que religião com Cristo é compromisso e não mera troca de vantagens.
O conselho bíblico sempre nos protege: “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros, crede nos seus profetas e prosperareis” (2 Crônicas 20:20).

Pr. Rafael Rossi, original em
http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/rafael-rossi/igreja-sem-deus/

Quando o politicamente correto passa dos limites




Se você nunca viu pessoalmente, certamente já ouviu falar pelo menos alguma vez a respeito. Eles entopem as redes sociais diariamente com um vocabulário padronizado, repetindo lugares comuns e clichês anticientíficos, preocupados com microagressões, lugares de fala e discussões pseudosociológicas, com uma alta carga de imposição de sugestionabilidade às suas ideias e um senso de superioridade moral irrefreável. Sim, estou falando dos internacionalmente conhecidos social justice warriors (SJW), que aqui no Brasil você provavelmente conhece como guerreiros da justiça social. Atuando com uma perspectiva caricata do progressismo, de forma destemperada e imatura, os justiceiros sociais constantemente ridicularizam discussões sérias sobre problemas reais – como o racismo, o machismo e a homofobia – ao transformá-las em discussões rasteiras, com um puritanismo histriônico e apelos emocionais sem qualquer razoabilidade. Ao exagerar, incapazes de acolher qualquer crítica e preparados para apontar o dedo à mínima possibilidade de oposição, mais afastam do que aproximam as pessoas das pautas que julgam defender, não raramente servindo de palanque para políticos com bandeiras absolutamente opostas, transformando debates importantes em meros problemas de classe média – e criando conceitos esdrúxulos de livre expressão, categorizando quem pode falar a respeito do quê.
O efeito imediato? A criação de um constante clima policialesco politicamente correto que invade diferentes áreas da atividade humana, fazendo com que tudo seja encarado de forma entediantemente ofensiva. Quer alguns exemplos? Fiz uma lista de situações em que o politicamente correto passou dos limites nos últimos meses.
1. O VILÃO QUE SÓ PODE AGREDIR PERSONAGENS MASCULINOS
Eu poderia apostar que você leu essa notícia recentemente. Nem Apocalipse, um dos maiores vilões da história das histórias em quadrinho, com mais de cinco mil anos de idade, que já foi considerado deus por muitas civilizações, possui uma ampla gama de poderes, é imortal, um dos seres mais inteligentes do Universo, já derrotou o Conde Drácula (duas vezes!) e é uma das figuras mais temidas do universo Marvel, conseguiu escapar das garras do politicamente correto. E tudo isso por conta de um cartaz em que o vilão asfixia a personagem Mística, interpretada por Jennifer Lawrence, no último filme da franquia “X-Men”.
O burburinho começou pelas redes sociais. E então se potencializou quando a atriz Rose McGowan decidiu criticar a produção: “F***-se essa m****. Há um imenso problema quando as pessoas da 20th Century Fox acham que violência contra mulher é a melhor forma de divulgar um filme.”
Pois é. Toda maldade de uma das figuras mais vilanescas da série virou mera questão de machismo. E o que a Fox, a responsável pelo filme, fez? Pediu desculpas, claro: “Em nosso entusiasmo para mostrar a maldade do personagem Apocalipse, não percebemos de imediato a conotação perturbadora dessa imagem”, disse o estúdio num comunicado divulgado nos Estados Unidos. “Assim que percebemos o quão indelicada ela era, rapidamente tomamos medidas para remover todo o material. Pedimos desculpas pelas nossas ações e nunca apoiaríamos a violência contra as mulheres.”
Apocalipse atravessou cinco mil anos de história para ser finalmente derrotado pelos justiceiros sociais.
2. O CASAL INTERRACIAL RACISTA
Se nem as figuras mais temíveis dos quadrinhos conseguem escapar do politicamente correto, quem dirá a indústria da moda. Constantemente alvo de críticas, modelos, estilistas, donos de agência e publicitários são figuras carimbadas no universo dos justiceiros sociais. E na nova campanha da Versace, uma das maiores grifes do mundo, o combate se repetiu. Repare na imagem ao lado. O que você consegue visualizar? Na peça, uma mãe branca e loira (a modelo Gigi Hadid, de 21 anos), caminha tranquilamente pelos bairros de uma cidade qualquer com seus dois filhos, negros, e seu marido, igualmente negro. Eis uma peça de publicidade inclusiva, onde pessoas de etnias diferentes formam uma família moderna, sem preconceitos – você deve estar pensando, certo? Repare novamente. A imagem causou comoção nas redes sociais (sempre elas!). E o motivo? Racismo.
“Por favor, retirem esse anúncio da Versace, é constrangedor. O anúncio inteiro é focado na mãe de pele clara. Tanto as crianças como o pai olham para ela impressionados. As minorias são pouco representadas na indústria e, quando em comerciais, elas são quase SEMPRE retratadas na sombra de uma modelo de pele clara”, disse uma usuária do Instagram.
Outro usuário comentou: “Por que há uma corrente em torno da menina negra que claramente não se mistura nessa foto bizarra?” Talvez porque a personagem em questão seja um bebê, que está num carrinho de bebê, com um cinto de segurança de plástico para bebês? Será possível? E não pense que os personagens foram os únicos problemas vistos como racistas na campanha. Há algo equivocado também com o background. Para os justiceiros sociais, a escolha do cenário, Chicago, não foi vista com bons olhos. E a razão: o fato de a cidade sofrer uma onda de violência que afeta, de modo especial, a população negra.
Pensem nisso quando produzirem alguma peça no Rio de Janeiro, publicitários. Vocês podem ser acusados de racismo também.
3. O SUPER HERÓI QUE É VIRIL DEMAIS
Ele é o Capitão América, um símbolo dos militares americanos e um dos maiores super-heróis de todos os tempos. Foi construído para derrotar alguns dos vilões mais temíveis do eixo do mal graças a um soro que lhe torna quase indestrutível ao lhe permitir atingir o ápice do condicionamento físico humano. Mas até ele possui um ponto fraco: sua virilidade heterossexual. Essa é, ao menos, a opinião da colunista Joanna Robinson, da revista americana Vanity Fair. Joanna diz que saiu desapontada com o terceiro filme da saga do super-herói, “Guerra Civil”, lançado em maio nos cinemas norte-americanos. O motivo? Uma cena em que o Capitão se torna nostálgico ao relembrar suas corridas atrás de rabos de saia com seu melhor amigo, “Bucky” Barnes. Para a colunista, os diretores entregam evidências demais de que não há um relacionamento gay entre os amigos. E isso é um erro.
“É um momento doce e humano que os conecta, mas também é regado de virilidade heterossexual. Se a Disney não está inclinada a dar ao público um herói gay, ela não poderia pelo menos ter deixado para nós o sonho de Bucky com o Capitão? O filme ‘Capitão América: Guerra Civil’ não saiu da linha quando ‘definiu’ o relacionamento de Bucky e Steve quando o Capitão dá um beijo em Sharon Carter (Emily Van Camp), enquanto Bucky olha de forma positiva para os dois? Onde está o espaço para a interpretação nesse momento?”
Sem qualquer passado gay, nem qualquer indício disso, nos cinemas ou nas histórias em quadrinhos, nem o Capitão América consegue escapar do fato de que até sua virilidade pode ser politicamente incorreta.
4. OS ESTUDANTES QUE PROTESTAM CONTRA AS AULAS DE INGLÊS PORQUE HÁ MUITOS POETAS HOMENS E BRANCOS NA LÍNGUA INGLESA
Na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estudantes de inglês enviaram uma petição ao departamento do curso. O pedido é categórico: querem a retirada do estudo dos “grandes poetas ingleses” nas matérias introdutórias que servem de pré-requisito para outras disciplinas. A razão? O fato de que eles são escritores brancos do sexo masculino. “É inaceitável que um estudante de Yale que queira introduzir-se na literatura inglesa deva ler apenas autores brancos do sexo masculino”, diz a petição.
Em Yale, os alunos têm que estudar Geoffrey Chaucer, Edmund Spenser, William Shakespeare e John Donne no semestre do outono e, então, John Milton, Alexander Pope, William Wordsworth e TS Eliot, no semestre da primavera. De acordo com o texto, priorizar esses escritores cria uma cultura “especialmente hostil aos estudantes de cor”. Com essa escolha, apontam os alunos, a universidade não prepara seus estudantes para fazerem estudos “de alto nível relativos à raça, sexo, sexualidade, etnia, nacionalidade”.
Uma das figuras por trás do protesto é Adriana Miele, uma estudante que em abril escreveu um artigo de opinião no qual criticava o curso porque nele os estudantes “são ensinados a analisar obras literárias canônicas”, mas “não são ensinados a questionar por que é que são canônicas, ou as implicações das obras canônicas que oprimem e marginalizam as pessoas não brancas, mulheres, trans e gays”. Para ela, “é possível tirar uma licenciatura em língua inglesa apenas lendo autores homens e brancos. Muitos estudantes não leem uma única autora mulher em duas disciplinas fundamentais do curso”.
Catherine Nicholson, a professora responsável por ensinar a matéria dos “grandes poetas ingleses”, elogiou o questionamento dos alunos, mas defendeu que a disciplina em si, pelo conhecimento que carrega, não é uma ferramenta de exclusão, mas um exercício de “resistência e libertação”.
Na petição, que segundo o Yale Daily News até o fim de maio já contava com 160 assinaturas (num universo de 200 estudantes), os alunos pedem para “que os grandes poetas ingleses sejam abolidos” do curso.
Quase cinco séculos depois de ter revolucionado a literatura ocidental, nem William Shakespeare escapa dos justiceiros sociais.
5. O PAÍS QUE QUER MUDAR A LETRA DO HINO PARA UM GÊNERO NEUTRO
Desde o ano passado, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro no Canadá, Justin Trudeau vem se tornando o mais novo ídolo dos justiceiros sociais ao redor do mundo. E não sem razão. Trudeau é uma espécie de Mujica canadense que conquistou parte do eleitorado de seu país com bandeiras que incluem a legalização da maconha, mais impostos para os ricos e uma nova relação com os índios. Mas não pense que isso tudo é o bastante. Agora o seu partido tem outra tarefa em mente: neutralizar o gênero no hino nacional.
Há poucos dias, a esmagadora maioria do parlamento canadense (279-79) decidiu votar a favor de neutralizar o gênero na letra do hino do país, substituindo a linha “True patriot love in all thy sons command” (“Verdadeiro amor patriota, em vossos filhos comanda”) por “all of us command” (“em todos nós comanda”). Uma proposta semelhante já havia sido apresentada em 2010, mas foi rejeitada pelos conservadores, que detinham a maioria no Parlamento.
Para o progressista Mauril Bélanger, que apresentou o projeto de lei há poucos meses, a alteração é significativa. “Na véspera do 150º aniversário da nossa federação, é importante que um de nossos símbolos nacionais mais reconhecidos e apreciados reflita os progressos realizados pelo nosso país em termos de igualdade de gênero.”
A medida é uma vitória para os justiceiros sociais, acostumados a apontar problemas típicos de classe média com soluções pretensiosas que fingem mudar o mundo.

6. A BRASILEIRA QUE FOI ASSALTADA, LEVOU UM TIRO E PEDIU DESCULPA AOS BANDIDOS PORQUE ELES “SÃO VÍTIMAS” TAMBÉM
Ela se chama Mariana Däffner. É brasileira, tem 22 anos e é esgrimista, atleta do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Há poucos dias, ao estacionar o carro da família nos arredores do bairro Menino Deus, em Porto Alegre, Mariana foi acometida por um desses problemas que afetam milhares de brasileiros todos os anos, entregues ao completo abandono da segurança pública no país: um assalto.
“Eles pediram pela chave do carro e eu entrei em pânico. Não sabia o que fazer, congelei. Comecei a procurar pela chave nos bolsos, mas não a encontrava. Eles estavam armados e me ameaçavam, diziam para eu não gritar. Eu não achava a chave para entregar e comecei a gritar. Nesse momento, eles procuraram a chave, não a acharam, levaram meu celular e foram embora. Na fuga, um dos caras atirou. O tiro atravessou o meu braço e passou de raspão na minha barriga. Gritei por socorro, algumas pessoas vieram me socorrer e encontraram a chave. Estava no porta-malas mesmo.”
Após passar por duas cirurgias, colocar uma haste e dez parafusos no braço, e lidar com o trauma de ver a sua vida no absoluto controle de alguns assaltantes, Mariana concedeu uma entrevista ao Zero Hora.
“Qual a sensação que fica desse episódio?
“De descrença, de não acreditar que aconteceu comigo. Só me dei conta que havia sido assaltada e levado um tiro quando estava no carro da Brigada Militar e olhei para a minha mão. Tento não pensar na questão da criminalidade, da impotência e da vulnerabilidade que temos como cidadãos. Tento pensar na sorte que tive no meio desse episódio de total azar.
“Você diria alguma coisa aos rapazes que lhe assaltaram?
“Só consigo pensar em desculpas. Eu sinto muito, porque, infelizmente, o que aconteceu comigo é reflexo da sociedade em que vivemos.
“Você gostaria de pedir desculpas a eles?
“Sim.
“Por quê?
“Porque assim como fui vítima, eles são vítimas de tudo que vivemos hoje. É muito frustrante passar por uma situação como essa e ver que as pessoas se colocam nessas posições para sobreviver.
“Você não sente raiva, então.
“Não.”
E o que mais poderia sentir? No mundo orwelliano construído pelos justiceiros sociais, guerra é paz, liberdade é escravidão e ignorância é força. 
7. OS ALUNOS QUE PEDEM UMA NOTA MÍNIMA GARANTIDA PELA UNIVERSIDADE PARA DEDICAREM MAIS TEMPO AO ATIVISMO
Com tanta coisa pra ajustar no mundo, tantas causas para militar, tantas questões para problematizar, os estudos evidentemente acabam se tornando um grande fardo na vida dos justiceiros sociais. Simplesmente não há tempo. Foi pensando nisso que os estudantes da Oberlin College, uma instituição privada historicamente reconhecida como progressista, estão assinando uma petição para proibir seus professores de darem notas inferiores a C (o equivalente a uma nota entre 6 e 7,9) aos seus alunos. A justificativa? Eles estão se atrapalhando nos estudos porque dedicam muito tempo para participar de e organizar protestos. A petição já recebeu mais de 1.300 assinaturas até o momento.
Segundo a New Yorker, Oberlin é “o centro da tempestade atual” de ativismo em campi universitários, com os alunos fortemente envolvidos em questões como a diversidade em sala de aula, a desigualdade racial e a injustiça social. No fim do ano passado, a Black Student Union lançou uma lista de 50 “demandas institucionais” para a universidade, entre elas pagar $8,20 por hora para os estudantes negros que organizam protestos. No documento, com 14 páginas, a organização diz que a Oberlin College “funciona nas premissas do imperialismo, da supremacia branca, do capitalismo, do capacitismo e do heteropatriarcado cissexista”.
A educação possui oficialmente uma nova função por lá. E ela definitivamente não é passar conhecimento adiante.
8. O APLICATIVO (PARA IPHONE, CLARO) QUE DIVIDE A CONTA DO RESTAURANTE PELA “DÍVIDA HISTÓRICA”. HOMEM BRANCO PAGA MAIS
Você já ouviu falar no termo “dívida histórica”, não? A ideia por trás desse conceito diz que uma população do presente deve pagar pelas injustiças que as populações do passado cometeram. Segundo ela, todos nós estamos inseridos nessa conta. Alguns em dívida, outros em crédito. Como estabelecer um resultado justo? Com ações afirmativas. Cotas, por exemplo. Há décadas elas vêm sendo defendidas por meio desse conceito. Mas e se tudo isso ainda for pouco? Há algo que possa ser feito em outras situações banais, do cotidiano? Como, afinal, um justiceiro social pode organizar seu dia a dia a partir de critérios que equacionem a dívida histórica?
Foi pensando nisso que foi criado o aplicativo Equitable. A ideia é simples: dividir contas de restaurante com base no gênero e nas diferenças salariais raciais das pessoas presentes. Se você é um homem branco e está acompanhado de uma mulher negra, por exemplo, você já deve imaginar as consequências do aplicativo – é melhor preparar o bolso. Equitable fará você pagar mais no fim da história. Se você é uma mulher asiática e está acompanhada de um homem, bingo. Você se deu bem. Ele irá pagar a maior parte por isso. O responsável por isso tudo? O racismo e o patriarcado.
De acordo com o site do aplicativo, “Equitable ajuda a evitar a discriminação enraizada que existe em nossa sociedade. Ele não divide a conta igualmente – divide equitativamente. Você paga o que deve para equilibrar as diferenças salariais”.
O aplicativo usa os dados do Bureau of Labor Statistics para calcular quem deve pagar o que no fim do jantar, garantindo que aqueles com menos privilégios (leia-se: qualquer pessoa não branca que não seja do sexo masculino) pague menos para comer.
A comediante americana Luna Malbroux é o cérebro por trás da ideia, que nasceu como piada e venceu o grande prêmio do 2016 Comedy Hack Day in San Francisco. O aplicativo, no entanto, foi levado a sério e desenvolvido – e você consegue baixá-lo na iTunes Store. Ele só serve pra quem tem iPhone, claro!
9. OS FIEIS CATÓLICOS QUE ESTÃO PROIBIDOS DE REZAR EM VOZ ALTA PARA NÃO OFENDER REFUGIADOS MUÇULMANOS ABRIGADOS NA IGREJA
É uma cidadezinha com pouco mais de vinte mil habitantes. Fica ao noroeste da Itália. Chama-se Ventimiglia. Nos últimos anos, passou a receber em torno de 50 refugiados muçulmanos todos os dias, interessados em atravessar o país para chegar à França, causando uma “situazione insostenibile”, nas palavras do prefeito da cidade. A Caritas, uma organização de caridade católica que se estende por toda Itália, acolhe diversos deles. “Nós já substituímos o altar com duas camas. Acho que essa é a missa mais bonita que esta comunidade pode celebrar nestes dias”, conta o padre Rosario Francolino, de Palermo.
Nas igrejas de Ventimiglia, a situação se repete. O cenário, no entanto, causa um incômodo no mínimo curioso. Como aponta a Agenzia Nazionale Stampa Associata, a principal agência de notícias da Itália, um grupo de paroquianos da Igreja de Santo Antônio, uma das nove paróquias da cidade, se surpreendeu quando voluntários da Caritas lhes disseram que não poderiam recitar o rosário em voz alta. O motivo: não causar incômodo aos imigrantes muçulmanos que estão abrigados ali. A situação atingiu o non sense quando um padre levou para rezar em outro lugar fieis que reclamavam da situação.
A bizarrice politicamente correta não é completamente nova no continente europeu. No final do ano passado, uma igreja evangélica alemã já havia retirado os bancos, o altar e o púlpito, bem como todos os símbolos que remetiam ao cristianismo, para abrigar refugiados muçulmanos sem ofendê-los. A ideia era fazer com que eles se sentissem ainda “mais bem-vindos na nova casa”. A próxima etapa? Alguém pensou em converter cristãos em muçulmanos também? Não seria nada muito absurdo frente ao novo cenário envolvendo os refugiados. Tudo para não os ofender, evidentemente.
10. ESSE ESTUDO QUE PROBLEMATIZA OS PROBLEMAS DE MATEMÁTICA
Ela se chama Anita Bright. É PHD, tem quase 20 anos de carreira e é membro do corpo docente do Departamento de Currículo e Instrução da Portland State University, nos Estados Unidos. Em abril, ela lançou um estudo, no qual problematiza diversos problemas de matemática. Nele, analisa provas sob a ótica dos justiceiros sociais. Curioso pra saber como isso se dá? Saca só. 
“Exemplos de problemas matemáticos relacionados a viagens criam cenários que demandam tempo livre e renda disponível, em geral de uma fonte não identificada, o que novamente representa a experiência da classe média e a retrata como sendo normal. O problema a seguir (Maletsky, E., 2002, p. 77b) é um exemplo típico: ‘Dois estudantes de arte estão visitando Paris. Cada um deles compra uma entrada para o museu por $14. Cada estudante também compra um ingresso para conhecer a Torre Eiffel por $11 e um ingresso para um passeio de barco por $3. Quanto os estudantes gastaram no total? Explique.’ O que pode parecer superficialmente uma visita acessível a Paris é, na verdade, parte de um passeio por uma das cidades mais caras do mundo para turistas (TripAdvisor, 2012). Não há menção às inúmeras despesas adicionais envolvidas nesse problema (como passagem de avião, custo de estadia e refeições). Em vez disso, o problema é apresentado como se estudantes de arte passeando por Paris fosse uma situação perfeitamente natural. Apesar das informações que faltam ao contexto, o problema exige que os alunos pensem sobre gasto de dinheiro, incluindo para atividades que, se outro paradigma estivesse em ação, poderiam ser realizadas de graça – como arte. Além disso, não há nenhuma alusão aos impactos ambientais relacionados ao ato de viajar (viagens aéreas e o “passeio de barco” mencionado no problema).”
E não fica apenas nisso. Quer outro problema apontado pelo estudo?
“Muitos outros participantes também identificaram problemas que, sem fazer menção direta, parecem aludir à raça ou maneiras racializadas de conhecimento e existência. Um exemplo comum é representado em problemas que focam em refeições, como este, que pode ser encontrado no livro Algebra 1 (Larson, 2010), com as seguintes instruções e informações: ‘Você quer planejar um café-da-manhã nutritivo. É necessário que tenha 500 calorias ou mais. Certifique-se de que suas escolhas ofereçam um café-da-manhã razoável (p. 371). Bagel branco – 195; cereal, 1 xícara – 102; suco de maçã, 1 copo – 123; suco de tomate, 1 copo – 41; ovo – 75; leite, 1 xícara – 150.’ Em primeiro lugar, a forma como o problema está colocado sugere que um café-da-manhã consiste de opções, e que o leitor tem escolha entre o que selecionar para a refeição. Apesar disso poder ser a realidade para alguns estudantes, há também muitos outros que recebem refeições gratuitas ou com preço reduzido nas escolas e, por isso, não têm escolha no que é servido. Além do mais, esse café-da-manhã é típico do que é consumido em lares americanos, apesar de, como foi apontado por um participante: ‘As pessoas realmente tomam suco de tomate no café-da-manhã?’ Foi notado que poucas opções parecem ser integrais (com a possível exceção do ovo e talvez do cereal). Em vez disso, a ênfase está em comidas processadas. Além disso, o que é enfatizado no problema não é o conteúdo nutricional, mas as calorias associadas com cada alimento. As instruções, usando as palavras ‘nutritivo’ e ‘razoável’, presumem alguma coletividade, acordos subentendidos do que esses termos devem realmente significar na prática. Finalmente, a inclusão de leite (presume-se que seja leite de vaca) na lista de opções para um café-da-manhã ‘nutritivo’ falha em reconhecer o fato de que a maioria da população do planeta (~60%) é intolerante à lactose (Itan, Jones, Ingram, Swallow, & Thomas, 2010), e são os brancos (pessoas de descendência europeia) que primariamente são capazes de digerir leite. Logo, ao considerar quem os autores tinham em mente quando escreveram esse item, parece que o público-alvo eram crianças brancas de classe média.”
O mundo está ou não ficando completamente insano, afinal?

Fundamentalista? Vem aqui, vamos conversar um pouco






Por Leonardo Siqueira, jornalista
(http://www.criacionismo.com.br/2016/06/fundamentalista-vem-aqui-vamos.html)

Sou um cristão adventista do sétimo dia e vejo com preocupação o rótulo de “fundamentalista” que alguns grupos militantes põem em quase toda forma de manifestação religiosa ou fé que contrarie ou discorde de seus pontos de vista ou princípios. Discordou, é contra, não acha legal? Pronto. Você é não sei o que “fóbico”. Claro, o ódio existe. Ele é real. Sim, os gays são perseguidos, ofendidos, agredidos. Sim, a direita religiosa contribui com esse discurso de ódio. Sim, vivemos numa sociedade machista, numa cultura que sensualiza quase tudo e de forma muito precoce. Vivo num país em que o estupro ainda não foi enfrentado e combatido da forma como devia. Não votei e não apoio Feliciano. Discordo de Bolsonaro. Pela ótica de alguns, pelo fato de ser “religioso”, eu seria um apoiador em potencial da direita e de seus candidatos que professam uma fé cristã ou são, de alguma forma, “conservadores”.
Meus amigos vão me entender e talvez, por isso, este desabafo seja desnecessário. Mas em nome daqueles que acreditam no diálogo, na convivência entre diferentes credos ou não credos (ateísmo também pode ser uma forma de fé), cores e raça – porque todos somos da mesma raça, a humana – e orientação sexual, gostaria de esclarecer:
1. Sou livre para votar em quem quiser. Para acreditar no Deus ou na razão que achar conveniente.
2. Minha fé, que vai além de uma placa de igreja, é apolítica. Voto em quem quiser. Essa mesma fé, baseada na Bíblia, também ensina que o Estado é laico e diz que eu posso fazer a diferença na sociedade em que vivo, e que devo amar não apenas os amigos, mas orar pelos inimigos.
3. Minha fé luta contra a cultura do estupro por meio do projeto Quebrando o Silêncio. Atua em desastres por meio da Adra.
Fundamentalista? Por quê? Por crer numa verdade fundamental?
Pouca gente percebe, mas, pela ótica da análise do discurso (AD), essa palavrinha vem carregada de sentido, o qual geralmente é atribuído a grupos violentos e extremistas, que contrariam os preceitos da fé cristã.
Sobre o massacre em Orlando, a Igreja Adventista do Sétimo Dia deixou a seguinte mensagem, a qual compartilho com você, amigo, cristão ou não. Atenção para as palavras grifadas, que eu quis salientar:
“Veementemente condenamos o ódio que levou a esse massacre. Esse tipo de violência irracional não tem lugar neste país ou no mundo. É assustador que essas vidas tenham sido tragicamente perdidas devido ao ódio. Oramos para que o amor de Deus conforte e console os entes queridos das vítimas, cujas vidas se tornaram um pesadelo.
“Como cristãos, vigorosamente cremos que o ódio de alguém contra o irmão, irmã, amigo ou inimigo não procede de Deus, mas do próprio pai do mal, o diabo. Devemos condenar todas as expressões de ódio, desde à violência verbal à mortal. Todas as mulheres, crianças e homens neste mundo, independentemente se prestam culto, vivem ou amam como nós, são filhos de Deus.
“Somos assegurados de que, no final, o amor vencerá. Sabemos que um dia o ódio e o mal não mais existirão. Até então, seguiremos orando para que as comunidades neste mundo possam viver sem medo.”

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Por que coisas ruins aconteçam com pessoas boas?



“Professor”, dizia ela, “eu sempre acreditei em Deus. Sempre amei Jesus e acreditava que Ele me amava. Minha mãe sempre orava comigo e pedia a proteção de Deus para mim. Sempre confiei nas orações dela e no Deus que podia todas as coisas.” “Só que, um dia, tudo isso mudou”, ela explicou. “Quando estava no oitavo ano do ensino fundamental, eu e minha amiga fomos abordadas por dois homens quando íamos para o colégio. Eles nos levaram para uma construção abandonada e, ali, mais do que nunca eu esperei por Jesus. Eu clamei por ajuda em oração. Professor, Ele viu meu desespero, mas não fez nada; e eu e minha amiga, aos 13 anos, fomos violentadas. Eu prefiro acreditar que Deus não existe do que imaginar que Ele existe e não fez nada.”
Você pode imaginar a minha dor ao ouvir tudo aquilo, mas não imagina a dor que vi nos olhos daquela garota. Naquele momento, eu respirei fundo sem ter nada para fazer além de abaixar a cabeça e chorar com ela. Em meio às lágrimas e ao silêncio, eu olhei para ela e disse: “Menina, perdoe a Deus. Não que Ele tenha errado, mas perdoe até que Ele volte, abrace você e lhe explique o que agora é inexplicável. Neste mundo, nenhum ser humano poderá lhe dar as respostas que você precisa; mas, um dia… um dia, você entenderá o que hoje parece impossível.”
A verdade é que nem tudo se encaixa na teologia humanizada que criamos. Porém, nossa consciência continua apelando ao nosso coração, dizendo: “Confie! A esperança sempre vencerá!” Deus está ao nosso lado mesmo em meio à dor e ao sofrimento. Ele prometeu estar conosco inclusive no vale da sombra da morte. É verdade que Deus não impede que coisas ruins aconteçam a pessoas boas; mas também é verdade que Ele não nos abandona em nossa dor. Ele é o único que o compreende, que sabe o que você viveu, que acompanhou cada lágrima que você derramou. Ele entende sua dor e o ama incondicionalmente.
O fato de não termos todas as respostas não significa que Ele não seja nosso criador e, muito menos, que não se importe conosco. Um dia, todo sofrimento terá fim. Chegará o tempo em que estaremos plenamente realizados e veremos claramente que Deus é bom e que Sua vontade é a melhor alternativa.
O que fazemos, em geral, com nossa lógica humana, é colocar em Deus a culpa das coisas que dão errado e, assim, tentamos tirá-lo de nossa vida. O mal não domina sobre todas as coisas porque Deus é o oposto do mal e mantém as coisas em equilíbrio até que Ele mesmo coloque um fim à maldade. Quantas pessoas culpam Deus pela fome em algum país da África, apenas para depois descartar o Criador como uma ideia que não deu certo? A culpa da fome e de todas as coisas ruins é de nós mesmos. Somos nós, seres humanos, que tomamos decisões e que escolhemos entre o certo e o errado. Somos nós que destruímos o planeta e os semelhantes. Não Deus! Satanás sempre quis deturpar o caráter de Deus, culpando-O pelo mal. Seu desejo é tirar Deus da vida das pessoas.
Imagine que o ateísmo esteja certo e que Deus não seja criador nem mantenedor da vida. Imagine que tudo isso seja invenção de religiosos que usam a divindade como um apoio; que toda religião não passe de misticismo e superstição. Nesse caso, você teria vindo do nada e de ninguém. Você estaria aqui sem finalidade, e ninguém poderia amá-lo nem ver sua angústia e sua dor. Depois da morte, não haveria mais nada. Sua origem seria o acaso. Não haveria um Deus criador. Jesus não teria vindo à Terra. Deus não seria a fonte da vida nem do amor.
Esta seria uma maneira aterrorizante de viver: uma vida sem propósito e sem esperança. Se você sofre, não haveria ninguém para socorrê-lo. Depois da morte, não haveria ressurreição nem Céu nem nova Terra. Acabou. Game over. Se Deus não existisse, poderíamos levar a vida como quiséssemos, sem culpa e sem responsabilidade moral por nossos atos. Sem Deus na história, cada pessoa poderia fazer o que bem quisesse, pois não existiria uma expectativa de recompensa ou de punição eterna. Não haveria juízo final.
Não permita que isso aconteça. Ao contrário, mais do que nunca, precisamos crer em Deus, em Sua graça, no amor e na redenção disponível em Jesus Cristo.


http://esperanca.com.br/2016/05/04/porque-coisas-ruins-acontecem-com-pessoas-boas/

sábado, 7 de maio de 2016

Jesus sim, mas igreja não


Há uma ironia quando se percebe que as novas gerações estão abertas a conversar e saber sobre Jesus, mas não estão interessadas na Igreja. Aparentemente, igreja e Jesus estão intimamente ligadas, mas o que se percebe hoje é uma separação entre os dois.
Uma coisa é seguir Jesus e os Seus ensinos e outra coisa é estar filiado a uma igreja como organização. As histórias de missionários sempre me inspiraram. Gosto de ouvir as histórias, mas tenho percebido que os missionários não são apenas aqueles que foram enviados para algum país distante, mas somos missionários agora dentro de uma cultura emergente. A revolução digital produziu uma nova geração completamente diferente da anterior.

Vivemos numa cultura pós-cristã. Pastores não são vistos como mocinhos. Como um deles, algumas vezes percebo um olhar diferente quando tenho que dizer a minha profissão. Pastores que exploram os extremos da teologia da prosperidade contribuem para a percepção equivocada do que é ser pastor e também sobre o que é ser igreja.
Diante de todas essas alterações, muitos acreditam que a igreja deve continuar fazendo o que sempre fez e que as novas gerações vão retroceder em sua cultura e voltar a circundar a igreja. A igreja não precisa se adaptar a nada.
Olhando dessa perspectiva, ficaremos cada vez mais isolados em nossa cultura própria e irrelevantes a essa nova geração. As igrejas precisam voltar a enfatizar a sua ênfase missional, existimos para pregar o evangelho de Cristo e a restauração do ser humano com o Senhor.
Penso que as igrejas não devem se limitar a um programa de evangelismo, mas enxergar toda a programação como uma fonte constante de missão. Por serem missionais, as igrejas não conseguem voltar à posição de descanso, estão incomodadas.  A pergunta constante é: o que podemos fazer para alcançar as pessoas da minha comunidade?
Algumas igrejas estão muito ocupadas falando, mas gastando pouco tempo ouvindo as novas gerações, e isso pode ser corrigido a partir do momento que se abre espaço para que jovens ocupem funções de liderança na congregação local. Ele se torna um ponto de contato com as novas gerações.
Uma das questões que confronta as novas gerações é a divergência entre o que os cristãos falam e o que vivem. E daí que surgem pensamentos como: “eu posso ter um relacionamento com Deus sem toda a estrutura artificial que a igreja organizada impõe a mim.”
Há uma parábola contada por Jesus que é um remédio aos que se magoaram por essa contradição, a parábola do joio e do trigo. O inimigo de Deus tentou de tudo para destruir Jesus e não conseguiu. Por isso, a estratégia dele é destruir a Igreja de Deus. Na igreja estão pessoas imperfeitas, entre os líderes inclusive. Infelizmente há pessoas que não pagam, que mentem, enganam, adulteram e trapaceiam. Quando as pessoas são batizadas, existe joio e também trigo. Não sabemos o que é um e o que é outro.
E por que a igreja não expulsamos o joio e ficamos só com o trigo? Porque não podemos nos atrever a dizer quem é trigo e quem é joio. Somente Deus no dia da volta de Jesus fará a separação. Igreja não é museu onde as pessoas estão para serem admiradas, mas igreja é como uma fábrica. Estamos em produção, crescimento e melhora. Há produtos prontos, quase prontos e com defeito. Se os olhos ficarem nas pessoas, haverá desânimo. Mas isso também serve para que os cristãos busquem no Senhor e façam a sua parte para ter uma vida compatível com o evangelho.
Fico triste em saber que os cristãos, muitas vezes, acabam sendo conhecidos pelas coisas contra as quais lutam e não pelas coisas que defendem. Deveríamos ser conhecidos como igrejas que amam mais do que qualquer coisa, isso é a essência da lei. Deveríamos ser conhecidos por ser seguidores de Jesus, servindo a Ele, uns aos outros e a comunidade. Deveríamos ser conhecidos por ajudar aos necessitados, ajudar aos marginalizados e por ser e fazer a diferença onde estamos.
Cristianismo sem igreja, com o tempo, morre. Jesus fundou a igreja e é importante conservar doutrinas e modernizar as abordagens. Abandonar o eu e permitir que a luz de Jesus seja o diferencial é o começo desse caminho.
O conselho bíblico se aplica também: Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros… 2 Crônicas 20:20.

Pr. Rafael Rossi.
http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/rafael-rossi/jesus-sim-mas-igreja-nao/

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Solidão? Nunca mais


 Original em http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/carolyn-azo/solidao-nunca-mais/

Você está deprimido porque se sente só? Sente que ninguém se interessa por você? Chora toda vez que as pessoas a quem você ama não se importam com você? Quando você entende que a pessoa não tem qualquer interesse por você, isso o deixa frustrado? Então, felicidades! Bem-vindo à sociedade comum. Comum porque milhões de pessoas, como você, estão vivendo a mesma situação, agora, enquanto você lê este artigo.
Os médicos dizem que a solidão não é boa para a saúde mental devido às patologias a ela associadas como a depressão, ansiedade, estresse, baixa autoestima. Até mesmo os estudos mostram que a solidão pode provocar doenças.
Uma pesquisa repercutida pela rede britânica BBC disse que os psicólogos da Universidade de Chicago e da Universidade Estadual de Ohio demonstraram que as pessoas socialmente isoladas desenvolvem mudanças no seu sistema imunológico; o que leva a uma condição conhecida como inflamação crônica.
Ainda, essa emissora destacou que as inflamações temporárias são necessárias para a cura de cortes ou infecções, mas se ela persistir por muito tempo pode levar a doenças cardiovasculares e ao câncer.

Experiência

Por anos e em vários momentos de minha vida passei por momentos de solidão e sei o que é estar sozinha. Às vezes a decepção devido a alguns fatos leva à perda da vontade de viver e a pessoa se pergunta por que está neste mundo; que propósito tem a sua vida. Ainda mais, reclama com Deus por se sentir assim e fica desesperada enquanto busca outras formas de abandonar a sociedade.
Os anos não passam em vão e, na vida, você se encontra com pessoas que passaram por essa condição e que agora se sentem felizes, a despeito de estarem “sozinhas”, e você se pergunta: “O que elas fazem que eu não faço?” Isso ocorreu comigo, no ano passado, quando perguntei a uma amiga se ela não se sentia só, pois estava distante da família e, entre aspas, “sozinha”. Ela respondeu que começou a dedicar mais tempo à oração e passou a se envolver mais nos projetos da Igreja. Decidi seguir-lhe o exemplo, mas nada mudava, até que…
Certo dia, decidi experimentar, por mim mesma, o segredo de não me sentir sozinha e comecei a perguntar a Deus, mentalmente, o que eu deveria fazer. Por quase três meses segui fazendo essa pergunta e quando já estava para desistir, a chave apareceu.
Certa tarde, antes de iniciar minhas atividades, fui à sala de oração e peguei a Bíblia sobre uma pequena mesa lateral. Sem planejar, li o texto de Mateus 6:33: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” Comecei, então, a arrazoar com Deus, até que juntos chegamos à conclusão de que eu posso estar rodeada por dezenas de pessoas, conversando comigo, mas que não podem preencher o vazio do coração. O único que pode realizar esse milagre é Deus.
“Pronto, então por que seguir perguntando?”, a resposta era óbvia. A partir daquele momento comecei a pedir a Deus que me completasse; que preenchesse o vazio de meu coração e que o fizesse até que Ele superabundasse em minha vida; que Ele guardasse meu coração dentro do dEle a fim de evitar qualquer perigo de eu ser ferida. Assim sendo, se alguém quisesse tomar meu coração, deveria pedir permissão a Deus.
Como vocês verão, eu o protegi bem, no melhor lugar do universo. Daquele dia em diante, minha vida não mais é a mesma. Em certos momentos, eu até mesmo estranho o fato de não mais me sentir só – ironizando a ideia –, e então compreendo que não estou só, pois Deus me completou.
O resultado é maravilhoso. Deus deixa você tão pleno dEle que sua vontade é fazer com que outros corações sintam a Sua presença. Não recomendo a ninguém buscar companhia de curta duração, apenas para sair do momento de solidão, pois isso para nada aproveita e, pior, pode ferir. Nem tampouco recomendo gastar dinheiro em coisas supérfluas. Para quê, se Jesus pode preencher o vazio de seu coração? Meu desejo é que sua oração diária seja: “Senhor, completa-me para que eu possa trazer felicidade a alguém, hoje.” Você gostou da ideia? Então faça a prova.
Ao escrever este artigo, não estou convidando você a ficar “sozinho” ou “sozinha”. Deus tem um lindo plano para sua vida, amigo leitor ou amiga leitora. Você pode pôr em prática e pedir a Deus que complete a sua vida enquanto você espera por aquela pessoa com quem irá compartilhar a vida, ou enquanto espera voltar à casa de seus entes queridos. Você decide. Que Deus abençoe os seus caminhos.

Carolyn Azo
 Licenciada em Ciências da Comunicação; concluiu seus estudos superiores em 2006, na Universidade Peruana União. Trabalhou no canal internacional 3ABN, nos Estados Unidos. Foi assessora de comunicação para a Igreja Adventista. Exerceu a função de locutora e produtora para a Radio Nuevo Tiempo e na área de Comunicação e Marketing da Adra, no Peru. Atualmente trabalha como jornalista para a Divisão Sul-Americana. Twitter: @karolineramosa Blog: http://carolynvivencias.blogspot.com.br/

Os zombadores dos “últimos dias”


(Frank de Souza Mangabeira, membro da Igreja Adventista do Bairro Siqueira Campos, Aracaju, SE; servidor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe)
Original em http://www.criacionismo.com.br/ 
Se a vida sem música seria um erro, como dissera Nietzsche, sem humor a vida poderia ser bem pior: uma experiência cinzenta governada por lutas e tragédias, pelo sofrimento e fardo existencial, culminando em ensimesmamento doentio. Contra os males da existência “rir é o melhor remédio”, afirmam. O humor, além de terapêutico, constitui uma visão de mundo e marca das pessoas sábias e equilibradas – característica essencial das grandes personalidades. C. S. Lewis defendia que o “humor envolve um senso de proporção e a capacidade de uma pessoa ver-se como que do exterior”. Para o escritor russo Tchékhov, “se um homem não compreende as brincadeiras – adeus! E sabem, não pode ser realmente inteligente, mesmo que seja um poço de sabedoria”. A pessoa bem-humorada é sempre bem-vinda nos círculos sociais, a ponto de se declarar: “Se não puder ser inteligente, seja engraçado.” Lembremos, porém, que humor e crítica caminham lado a lado. Quem ri nunca o faz gratuitamente; está expressando uma filosofia de vida e se posicionando perante o mundo. A forma como se ri, todavia, diz muito sobre o homem; revela-lhe o caráter, a mentalidade, os motivos, tornando mais visível o eu de cada um. Nesse sentido, só precisamos saber diferenciar entre o verdadeiro humor e sua contrafação nada desejável: a zombaria ou o escárnio depreciador, que, em nossa época, se ergue ostensivamente contra o Sagrado. 
O tempo presente é paradoxal. Constatamos profunda descrença e dúvida, mas também notamos alastrada superstição. Neste mar de forças ideológicas caóticas, em que os fundamentos existenciais vacilam, as pessoas procuram se salvar agarrando-se a filosofias ou teorias que lhes confiram a mínima explicação para a realidade. Porém o “mar” é grande, profundo e furioso; as técnicas de salvação, frágeis, e nós não sabemos “nadar” direito no abismo. Em tal abismo, o homem termina mergulhando ou no extremo racionalismo ou na irracionalidade excêntrica e mística. Alguns, receosos de se posicionar, suspendem o julgamento para cair no limbo do agnosticismo. Poucos admitem a saída cristã indicada nas Escrituras, optando e vivendo por ela, já que este caminho é por demais estreito e impopular. Nesse contexto tão confuso e multifacetado, surgem os zombadores dos “últimos dias” – uma classe que, em lugar de discernir os “sinais dos tempos”, prefere rir zombeteiramente de qualquer discurso que aponte para Deus e Sua revelação. Todos esses (ateus, agnósticos ou mesmo religiosos) cortaram qualquer vínculo com proposições de caráter teológico-bíblico, fechando as possibilidades para o conhecimento revelacional. Atacam pontos considerados essenciais para a fé cristã e indispensáveis à compreensão trans-histórica da História, entre os quais:

1. A existência de Deus e de milagres. Neste quesito, o movimento ateísta posiciona-se na vanguarda do combate à ideia de um Ser supremo, o Deus que intervém. Utilizando-se mal da ciência e revestido da filosofia cética, o aríete ateísta se lança especialmente contra a metafísica cristã, na qual está embutida a providência divina. Eventos miraculosos tidos como reais pelo cristianismo, a saber, o nascimento virginal de Jesus Cristo, Sua divindade, morte e ressurreição corporal, as profecias cumpridas na História Universal, além de outros fatores extraordinários que denotam a atuação divina nos negócios humanos, são negados e tratados como impossibilidades jamais ocorridas num universo governado pelas leis naturais. O sobrenatural é rechaçado e considerado elemento contrário ao bom-senso, à cultura moderna, ao espírito científico e racional da presente geração. “Com efeito”, asseveram grandes mentes pensantes da atualidade, “ao procurar uma coerência para a história e as condições que ela implica, o filósofo não precisará do respaldo de Deus. [...] Deus tanto é mais importante quanto mais longe se encontrar. Estranho à história, sua interferência significaria a anulação da autonomia. Da mesma forma que o Universo se abre ao exame da razão, porque ele já é razão, também a história do ser humano se abre a uma explicação racional, porque é animada de uma aspiração racional, a saber, a afirmação do homem enquanto senhor de si e administrador do mundo. [...] As verdades da razão opõem-se, por conseguinte, às verdades da teologia. [...] Os objetos de fé serão relegados ao foro íntimo, à privacidade do crente e não possuirão nenhum estatuto intelectual capaz de elevá-los à certeza metafísica.” No conjunto das explanações, não existe espaço para as “coisas do espírito” nem para o assim chamado “Deus das lacunas”, uma vez que todas as explicações podem ser dadas partindo-se da reflexão humana. Consequentemente, crer só pode ser piada! – zombam os incrédulos do neoiluminismo. Assim, as explicações últimas prescindem de Deus, sendo a confiança nEle transferida totalmente para a humanidade. No entanto, em meio ao ufanismo da razão, faz-se a pergunta: Pode a realidade ser compreendida sem Deus?

2. A Bíblia: Palavra de Deus. Entre cultos e ignorantes prevalece o pensamento de que a Bíblia é um livro igual a outro qualquer, uma produção meramente humana. Dizem que Nietzsche chegou a contestar: “Eu li a Bíblia de capa a capa. Chamar aquele livro de a palavra de Deus é um insulto a Deus. Chamar aquele livro de um guia moral é uma afronta à decência e dignidade dos povos. Chamá-lo de guia para a vida é fazer uma piada de nossa existência. E pretender que ela seja a verdade absoluta é ridicularizar e subestimar o intelecto humano.” “Classificar a Bíblia de Palavra de Deus inspirada insulta a inteligência”, protestam os céticos autointitulados brights (“brilhantes”) – os crentes no triunfo do naturalismo. Infelizmente, tais pessoas, ao desprezarem o Livro de Deus, deixam de fora um conhecimento valioso. A autoridade normativa e profética emanada das Escrituras constitui forte evidência de que Deus falou com sotaque humano às pessoas deste planeta. Além disso, o Livro encontra confirmação na História, na Arqueologia e em outros ramos do conhecimento. Os princípios exarados em suas páginas passam no teste da investigação mais minuciosa e crítica e se adaptam perfeitamente à experiência humana. Não há por que escarnecer das Escrituras, mas respeitá-la como legítima Palavra de Deus. 

3. A criação do mundo em seis dias literais ex nihilo. Defender tal crença diante de uma ciência majoritariamente naturalista, na qual predomina o pensamento evolucionista, significa ser motivo de chacota nos meios intelectuais. O relato da criação é categoricamente repudiado e associado a outras mitologias primitivas, sendo posto no caldo das religiões comparadas. Quando não, ele é metaforizado, servindo apenas de mensagem simbólica de uma teologia artificial descomprometida com a exatidão do “Assim diz o Senhor”. Todavia, esforços constantes para metaforizar, alegorizar ou mitologizar a narrativa do Gênesis sobre as origens caem diante da própria evidência textual interna, que aponta para o sentido literal da criação. A literalidade, que não pode ser confundida com literalismo fundamentalista ou “letralatria”, é a base para toda a dimensão simbólica e tipológica da visão de mundo bíblica. Cada vez mais cresce o argumento de que o Universo foi planejado por um Ser de inteligência infinita, O qual corresponde de forma impressionante ao Deus da tradição judaico-cristã, merecedor da adoração de Suas criaturas. Não sei, então, por que continuam rindo da cosmovisão criacionista, se ela faz tanto sentido: ou a compreendem mal ou não percebem sua adequação aos conceitos da ciência experimental. “A ciência deixou de adorar: eis a desgraça”, lamenta o filósofo Ernest Hello; “para captar em seu princípio a catástrofe da ciência, é preciso voltar os olhos para o Éden”, conclui.
  
4. A queda e a ideia de pecado. Para as mentes acostumadas ao novo vocabulário psicológico e humanista – desprovido da aura teológica –, uma queda histórica do ser humano motivada pela transgressão da Lei de Deus não encontra lugar na consciência permanentemente atormentada desta geração. Fala-se em erros, equívocos, ignorância, falta de autoconhecimento, etc., mas se desconsidera a realista proposição bíblica de que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Desde Freud até o pensamento psicanalítico atual, o conceito de culpa vem sendo ressignificado, expurgando-se dele qualquer relação com o termo “pecado”. Os problemas podem ser políticos, econômicos, relacionais, éticos, religiosos, extra e intrapessoais e têm as mais variadas causas. Contudo, quando se levanta a questão do pecado – condição existencial profunda e problemática –, muitos analistas torcem o nariz e riem como se isso fosse uma antiga superstição. Em nossa cultura hedonista e libertina, grande número de pessoas defende que o ser humano deve viver plenamente, sem castrações à sua liberdade, a fim de que experimente a real potência de existir. Com efeito, “nosso mundo moderno definiu Deus como um ‘complexo religioso’ e riu dos Dez Mandamentos como sendo antiquados. Então, com as risadas veio o estrondo da Guerra Mundial. Agora, um mundo amargo, encharcado de sangue, que não ri mais implora por uma saída. Só existe uma saída. Já existia antes de ser gravada nas Tábuas de Pedra. Ainda existirá quando as estrelas se desintegrarem. Os Dez Mandamentos não são regras para obedecer como um favor a Deus. Eles são os princípios fundamentais sem os quais a humanidade não consegue conviver. Não são leis. São a Lei.”
O homem, perdido na escuridão de seu interior enigmático, necessita da expiação de um Salvador que o liberte do seu estado de confusão e miséria. Entretanto, isso é demais para o coração orgulhoso! Entende-se que arrependimento, justificação e crescimento na santidade por meio da graça imerecida de Deus é linguajar religioso monótono e próprio de beatos alienados. Riem do pecado ainda que sofram os seus resultados. 

5. O dilúvio universal. Este é um dos tópicos mais combatidos pelos zombadores de mentalidade uniformitarista. Embora a própria Terra demonstre em suas rochas e configuração geológica os indícios de uma catástrofe hídrica que cicatrizou toda a superfície do planeta, tais sinais são reinterpretados dentro do arcabouço teórico da geologia padrão evolucionista, a qual nega veementemente considerações de caráter sobrenatural. A história da arca de Noé aparece para os escarnecedores como mais um dos “mitos” hebraicos, originados de um povo que não tinha recursos científicos para elaborar explicações racionais. À semelhança da epopeia de Gilgamesh ou da narrativa mítica de Deucalião e Pirra, o relato bíblico do dilúvio não é levado a sério pela ciência atual; quem acredita na literalidade desse evento é considerado um crente em contos da carochinha e alvo de humor sarcástico. 

6. A segunda vinda de Jesus Cristo e o juízo final. Quando, em 11 de setembro de 2001, aconteceu o atentado terrorista às Torres Gêmeas, e em 2015 o massacre ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, tive a nítida impressão (para não dizer certeza) de que vivemos em tempos cada vez mais escatológicos, à beira de momentos históricos decisivos. Possivelmente, alguns rirão dessa minha afirmativa tão apocalíptica, politicamente incorreta e “ultrapassada”. Antes de rir, porém, que tal refletir? 
Lembro-me bem, ainda adolescente, da leitura do Ragnarok (“o crepúsculo dos deuses” ou “destino dos deuses”). Aquelas cenas da mitologia nórdica – ficcionalmente impressivas –, aliadas a outros temas correlatos, não me faziam rir da imaginação do povo escandinavo. Eu questionava: haveria alguma distante verossimilhança do Ragnarok com fatos que poderiam acontecer a este planeta? Como? De que forma? Por quê? Por quem ou através de quê? O assunto não me saía da cabeça...
O discurso do “fim do mundo”, presente em muitas tradições religiosas (também nas científicas, sem o cunho da sobrenaturalidade), não é algo que as pessoas desejem ouvir ou em que desejem acreditar. Afinal, carpe diem é o lema do espírito da época, inspirada justamente no senso de finitude que pesa sobre todos nós. Pensar no fim, seja do ser humano, do mundo, do Universo e dos “deuses”, parece-nos um exercício mental desagradável demais, contrário à concepção cíclica da história. Para o mais esperançoso teólogo cristão, o mais cético e racional dos filósofos, a mais sensível e inteligente das mentes ou mesmo para o comum dos mortais, refletir sobre o fim requer coragem e um olhar “profético” e soteriológico que nem todos têm. É preciso transcender. Pois bem, ponderar sobre o fim, por causa da estranheza do assunto, também causa outro tipo de sentimento – o do escárnio no grupo peculiar dos zombadores dos “últimos dias”. Curiosamente, pela Bíblia, esses indivíduos são um sinal bastante evidente do “tempo do fim”. A respeito dos tais é dito: “Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo suas próprias concupiscências, e dizendo: ‘Onde está a promessa da Sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem desde o princípio da criação’” (2 Pedro 3:2-4). Advertir o mundo de que acontecerá, na pós-modernidade, intervenção divina (Daniel 2; Apocalipse 14:6, 7) é algo risível e “demodê” para nossa geração despreocupada com temas religiosos. Soa como piada, humor negro. Milhões escarnecem desse acontecimento futuro predito nas páginas das Escrituras. O próprio mundo cristão encontra-se adormecido, envolto em teorias humanas e prognósticos contrários às tácitas afirmações da Bíblia acerca dos eventos finais. Conhecer, pela ótica bíblica, o futuro do mundo leva o homem crente à esperança da restauração final de todas as coisas. O zombador, ao contrário, despreza essa verdade revelada.
Nas Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, de autoria de C. S. Lewis, o diabo da ficção literária (bem diferente da realidade do ente maligno de quem os homens fazem piadas por não acreditarem em sua existência como ser pessoal) reflete: “Entre zombeteiros, é como se a piada já tivesse ocorrido; na verdade, ninguém a faz, mas qualquer assunto sério é tratado como se eles já tivessem encontrado seu lado ridículo. Quando arraigado, o hábito do escárnio constrói em torno do homem a melhor couraça que conheço contra o Inimigo [Deus]; com a vantagem de ser isento dos perigos inerentes às demais fontes de riso. Dista anos-luz da alegria; embota o intelecto em vez de o aguçar, e não gera qualquer afeição entre os que o praticam.” 
Grande parcela da sociedade humana tornou-se anárquica e zombeteira em todos os sentidos. Para os zombadores dos últimos dias, que articulam suas piadas em torno do Sagrado e ridicularizam as explicações da fé, resta a solene advertência: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6:7). Ao invés de rir, pensemos seriamente nisso.