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“Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é o número de um homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.” (Ap 13:18)
Esse misterioso número – seiscentos e sessenta e seis – tem criado muito
tipo de especulação entre os estudiosos da Bíblia. Para conhecer o
significado desse número, é preciso conhecer algo de numerologia
bíblica. Diferentemente da numerologia ocultista, que concede aos
números poder para determinar o rumo e destino das pessoas e coisas, a
numerologia bíblica é apenas simbólica.
O número sete, por exemplo, é símbolo de perfeição. Impressiona-nos o
fato de que Deus abençoou o sétimo dia da semana e o reservou como
sagrado, inteiramente pertencente a Ele. O número sete é mencionado 323
vezes na bíblia e, em todas elas, refere-se a Deus e Suas obras de
misericórdia e de juízo. O número sete é símbolo de Deus, de Seu poder e
de Seu governo.
Já o número seis é mencionado 92 vezes na Bíblia. Em todas elas se
relaciona com o homem, sua natureza, suas obras, sua herança e seu
destino. Por exemplo: desde a criação, o ser humano deveria trabalhar
seis dias. O sétimo era de Deus. A Bíblia diz que o homem foi criado no
sexto dia, e a partir dali, o número seis foi sempre símbolo do homem, e
se relaciona com sua imperfeição. O ser humano só seria perfeito
relacionando-se com seu Criador, simbolizado pelo número sete.
Sete é o número perfeito. Pertence a Deus e, portanto, simboliza o ideal
divino. Seis é símbolo daquilo que não alcança a divindade. É símbolo
do homem. Aproxima-se do número sete, mas nunca poderá alcançá-lo.
Existe um abismo enorme entre o homem – identificado com o número seis
da imperfeição – e o seu Criador, identificado com o número sete,
completo e perfeito.
Portanto, se queremos identificar o símbolo do número 666, não podemos
fazê-lo levados pelo fanatismo irracional e premeditado, tentando
atribuir a essa ou àquela pessoa o título da besta de Apocalipse 13.
Existe um poder político/religioso. E esse poder é identificado, além de
outras características, pelo número 666.
É o número seis repetido três vezes. Seis é o símbolo do homem, existe
neste poder um esforço humano desesperado e intensificado para alcançar a
perfeição divina. Pretende ser Deus, mas não o é. Atribui-se
prerrogativas divinas, mas não as tem. Exige dos homens adoração, mas
não passa de um poder humano. Pode fazer o que quiser; exigir o que
desejar, mas não passa de um ser humano. É
um engano que leva os homens a aceitarem o humano em lugar do divino.
Que tranquiliza as consciências dos homens, fazendo-os crer que servem a
Deus, quando, na realidade, são súditos do inimigo, que vem disfarçado
de religioso.
O número 666 parece apontar uma rejeição final da humanidade em adorar o
Criador e reconhecer Seu memorial – o sábado. O livro de Gênesis nos
mostra que somos completos apenas em nosso Criador. O alvo da criação é
Deus conosco e nós com Deus. Assim é o sábado. Ele mostra nossa
inteireza somente em Deus, nosso Criador.
"O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação. A marca da besta é o oposto disso - a observância do primeiro dia da semana. Deus concedeu aos homens o sábado como sinal entre Ele e eles, como uma prova da fidelidade deles. Os que, na grande crise que está perante nós, depois de receberem iluminação no tocante à lei de Deus, prosseguem desobedecendo e exaltando as leis humanas acima da de Deus, receberão o sinal da besta." (Ellen White, Eventos Finais, 225)
Assim sendo, a marca da besta tem que ver com relacionamento, fé, amor e
obediência. Qualquer pessoa pode receber literalmente o número 666 na
fronte ou na mão. Porém, isso não significa que tem a marca da besta. O
assunto não tem a ver com marcas literais em nosso corpo. A questão real
é adoração; entrega de mente, coração e tudo o mais a Deus. É sobre
quem Ele é e como Ele é.
Vejamos também a explanação do professor Leandro Quadros sobre esse assunto: