sábado, 26 de março de 2016

A crise política no Brasil e a Igreja

Pastor Rafael Rossi

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Posso ser interpretado como parcial em minhas considerações, mas entendo que no momento em que estamos vemos a política brasileira sofrendo com desajustes, a economia ruindo, desemprego aumentando, polarização de opiniões, nomeações duvidosas, embate entre o executivo, legislativo e o judiciário, escutas telefônicas vazadas, noticiários tratando o tempo todo com previsões de mais caos ou até a conclusão do processo de impedimento em andamento contra a presidente de Brasil. Diante disso, é preciso uma leitura com o olhar reflexivo da Igreja sob a perspectiva da Bíblia.
Hoje, quando entrei no táxi, rumo ao aeroporto, o motorista logo me perguntou: o que está achando de tudo o que está acontecendo no Brasil? Comecei a lhe falar e a viagem foi pouca para concluir o assunto. As pessoas não sabem onde se segurar. A imprensa que noticia é também acusada de fabricar informações, de ser tendenciosa. Outros afirmam categoricamente que estamos diante de um golpe. Mas, por outro lado, o que hoje é golpe para a situação já foi solução quando eles eram a oposição.
A complexidade do momento é muito delicada de ser tratada. Há muita emoção e paixão rondando os temas políticos e sociais do Brasil. Essa realidade não é novidade nos tempos bíblicos. Ocorreram no passado crises como as que estamos vivendo nos reinos de Israel e Judá, que na verdade eram um só povo, mas que se dividiram a tal ponto de cada um ter o seu rei pela crise enfrentada.
Mesmo com dois governantes, os problemas não foram resolvidos e cada tentativa de unificar a nação parecia complicar ainda mais a situação. O caos acompanhou o povo por causa da insistência em abandonar a vontade de Deus e seguir por suas próprias convicções.

E nós, cristãos?

Que Deus e Seus princípios estão fora do modo de operação da política no geral, ninguém duvida. Agora, o que podemos nós cristãos fazer?
Quando Jesus tratou sobre ser o sal da terra e a luz do mundo, entendo que Ele se referiu a toda e qualquer situação. Os cristãos devem fazer a diferença onde estão e é nesse momento que entendo que a Igreja precisa fazer a diferença na sociedade.
Não estou dizendo que a Igreja deve tomar partido e se envolver politicamente nas discussões, mas há algumas ações importantes que envolvem cada pessoa para fazer a diferença e ser o que Cristo espera que sejamos. Dentro de cada esfera de ação, a igreja deve aproveitar a instabilidade para oferecer a estabilidade, o caminho da não perspectiva futura para a esperança é a nossa bandeira.
Há solução segura quando princípios revelados na Bíblia são colocados em prática é isso requer que primeiramente sejam reafirmamos os princípios de liberdade religiosa e de expressão. Os cristãos devem chamar as pessoas para promoverem ativamente esses princípios de liberdade e serem livre para defender que a política é também um campo que deve ter espaço para Deus.
Com isso, quero reafirmar a separação entre Estado e Religião, devendo o Estado permanecer neutro e não hostil quanto às religiões, reconhecendo que estas contribuem positivamente na sociedade, garantindo nos termos da Lei a liberdade religiosa de todos e a proteção do fato religioso dando espaço para a Igreja manifestar o seu ponto de vista.
Como cidadãos, os cristãos não podem se afastar das questões que envolvem a vida das pessoas, mas por outro lado também não devem comprometer a religião ou as bases da fé com causas políticas. É uma relação limitada, mas existente.
Os cristãos devem instar os governante para que fiquem atentos e proporcionem um ambiente positivo para a vida das pessoas. Devem também encorajar os que supervisionam os processos constitucional e legislativo para oferecerem proteção às pessoas e que não se beneficie um grupo em particular em detrimento de outros.
Em cada região ou situação, existem formas concretas de se envolver na defesa de uma sociedade mais justa e assim garantir que tal defesa seja sensível tanto ao contexto quanto à situação. Visitar as autoridades políticas e colocar a Igreja como parceira de projetos sociais que influenciarão a vida das pessoas, que estejam dentro dos princípios da Igreja, também são uma causa legítima.
Uma sociedade mais justa se faz com a participação de todos e a Igreja Adventista do Sétimo Dia entende o seu papel nessa construção provendo educação e orientações sobre vida saudável e família que são fundamentais para um país equilibrado e próspero. Esses conceitos precisam ser apresentados às pessoas e aqui está mais uma importante tarefa que depende de cada um.
Cada cristão deve orar também pelos seus governantes. Em Romanos 13:1, a Bíblia diz que nenhuma autoridade se fez sem que Deus permitisse. As crises são sempre oportunidades de reavaliar os rumos que estão sendo dados. Por isso, como cristãos, devemos lutar por uma sociedade melhor, mas sem o uso da violência. Sempre!
A presença dos cristãos na construção da sociedade deve ser sempre diferente pela perspectiva adotada. Por exemplo, na época de Jesus, também havia problemas. A solução está em uma natureza transformada. “Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembleias legislativas, nem pelo patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo”. O Desejado de todas as nações, página 358, Ellen White.

O conselho bíblico é sempre oportuno: “Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros…”. (2 Crônicas 20:20). Somente no reino eterno e perfeito, preparado para os fiéis, tudo seja justo. O convite do Senhor é para todos.

Cristão com baixa autoestima





Acho engraçado quando as pessoas falam: “eu tenho autoestima” ou “eu não tenho autoestima”. Afinal, TODOS têm a tal da estima própria, querendo ou não. O problema está quando esta estima — valor dado a si próprio — está denegrida. De acordo com o dicionário, autoestima é a valorização própria. E, de acordo com a Bíblia, a coisa é mais profunda do que parece ser. Deus nos mostra que a única forma de amarmos a nós mesmos é parando de pensar só em nós mesmos. Como assim? Isso não seria uma contradição? Não. É que a sabedoria dEle transcende a lógica humana. “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Coríntios 5:15).
Leia também:
O interessante é que não encontramos na Bíblia nenhum texto que fala sobre autoestima. Sabe por quê? Porque o amor-próprio é algo muito óbvio para Deus, sendo um reflexo indiscutível do amor que sentimos por Ele. ”Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I João 4:8). Nunca pensou nesse texto no âmbito pessoal? Pois comece a pensar. Então, para Deus É CLARO que você vai se amar se amá-Lo primeiro. Aí está a importância de tirar o foco de si mesmo e olhar para cima, pois essa é a única forma de erguer a cabeça sem ficar com o nariz empinado.
Alguns dizem que baixa autoestima é o que o orgulhoso sente ao não ser aplaudido. Acho essa uma ótima definição. Viver à espera de reconhecimento e elogios é cavar um buraco para si mesma e ser enterrada com montes de decepção. Aplausos não devem ser o caminho nem o objetivo, mas, sim, apenas um brinde espontâneo na linha de chegada. Para Deus, eles também são óbvios. “A mulher [e com certeza o homem também] que teme ao Senhor será elogiada” (Provérbios 31:30). Simples assim!
Não se esqueça de que a forma como você pensa em seu coração reflete na realidade. Já conheci uma garota que teve metade do rosto queimado, mas que se achava linda, mesmo que com uma cicatriz gigante na face. Não se constrangia por isso. Era querida e simpática com todos. Ela sabia amar e tratar bem as pessoas, seu sorriso era marcante. E quer saber como ela era vista pelas pessoas? Maravilhosa. E não era elogiada por piedade de forma alguma. Ela, inclusive, era super popular e admirada pelos garotos. Aprendam: não há barriga trincada ou pele de pêssego que supere um coração inclinado ao amor e à felicidade.
Olhar no espelho e ver uma imagem além do óbvio é um grande passo para a aceitação e felicidade. Um menino publicou no seu perfil do Facebook: “pelo menos minha mãe me acha bonito”. Logo a baixo, o inesperado comentário dela: “Não acho não”. Não se acomode no pensamento de que pelo menos sua mãe te acha um máximo, porque pode ser que nem ela seja tão otimista assim (pode acreditar). A valorização deve começar por você mesmo. O amor próprio é algo acessível. Mas como? Vamos descobrir de forma prática no parágrafo a seguir.
Não gosto de frases imperativas de autoajuda que dizem coisas do tipo: ame-se, supere as adversidades, veja o lado bom da vida, deixe os traumas… Como se fosse fácil assim, né? Isso só é possível mesmo por meio de atitudes diárias que são muitas vezes ignoradas. Conselhos que realmente fazem sentido são: busque a Deus na primeira hora da manhã, agradeça a Ele por algo do seu dia, sorria para o porteiro, dê risada, não feche os olhos para o sofrimento daquele mendigo do seu bairro, alimente um animal de rua. Ao praticar essas coisas, você estará agindo como o próprio Deus agiria. E já que ele é a essência pura do amor, esse sentimento dominará seu ser. Será impossível não se amar, já que você será como o próprio amor personificado.

Emanuelle Sales

Jornalista, criadora do blog Bonita Adventista e autora dos livros "Espelho, espelho meu... agora o espelho é Deus", "Imagem & Semelhança" e "Filha de Rei". Viaja o país dando palestras sobre imagem cristã, autoestima e valorização pessoal.

Original em:
http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/emanuele-salles/cristao-com-baixa-autoestima/

segunda-feira, 14 de março de 2016

Hermenêutica: interpretando corretamente a Bíblia

 Pr. Adolfo Suárez
 Original em http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/adolfo-suarez/hermeneutica-interpretando-corretamente-a-biblia/
A hermenêutica pode ser definida como “a ciência e arte de interpretação bíblica”; ciência porque tem normas que possibilitam um sistema ordenado, e “arte porque a comunicação é flexível, e, portanto, uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação”.[1] Dito de modo simples, hermenêutica é a “disciplina que lida com os princípios de interpretação”.[2]
A hermenêutica é essencial para uma interpretação válida da Bíblia. Ao fazer uso adequado dela podemos ter maior certeza de estar ouvindo a voz de Deus, e não a voz da cultura, ou a nossa própria voz.

Razões para praticar uma hermenêutica apropriada

 Uma das razões pelas quais devemos praticar a hermenêutica apropriada é com a finalidade de discernir a mensagem de Deus.[3] Um cuidadoso sistema hermenêutico pode ser muito útil para discernir apropriadamente o que Deus disse em Sua Palavra, mediante mãos e mentes humanas. Assim, a hermenêutica nos protege da utilização indevida das Escrituras, que poderia nos levar a distorce-la para o nosso próprio interesse. Isso é possível porque a hermenêutica adequada fornece a estrutura conceitual para interpretar corretamente por meio de exegese acurada.

Uma segunda razão, é para evitar ou dissipar equívocos ou perspectivas e conclusões errôneas sobre o que a Bíblia ensina. Pode acontecer que algum leitor descuidado da Bíblia entenda que, se alguém da família está doente fisicamente, é suficiente confiar em Deus mediante a oração, sem buscar assistência médica. Entretanto, será que confiar em Deus implica em não buscar ajuda médica? Por acaso não é Deus quem capacita profissionais para ajudarem no cuidado da saúde? Certamente Deus pode usar meios variados para cuidar de nossa saúde, e a ajuda profissional de um médico pode ser um deles.

Finalmente, uma terceira razão para praticar a hermenêutica apropriada é para sermos capazes de aplicar a mensagem da Bíblia em nossa vida. De acordo com Carnell, termos ou expressões podem ser usados ​​em uma destas três maneiras: com apenas um sentido (univocamente), com diferentes significados (equivocadamente), e com um significado proporcional – em parte, a mesma, em parte, diferente (analogicamente).[4] Se aplicarmos essa classificação à Escritura, então podemos dizer que sua mensagem pode ser tanto unívoca, quanto equívoca, ou analógica.

Assim sendo, entidades como anjos, demônio, Deus, Jesus Cristo, etc., teriam o mesmo sentido para Paulo e João, do que para nós (compreensão unívoca). Por outro lado, termos como leão e serpente podem se aplicar a Jesus Cristo, ou a Satanás, dependendo da circunstância (equívoco). Isso pode ser evidenciado em I Pedro 5:8 e Apocalipse 5:5; 20:2 e João 3:14. Além disso, a Bíblia usa expressões em que se percebe relação de correspondência ou semelhança entre coisas e/ou pessoas distintas (analogia). É o caso, por exemplo, da afirmação “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14).

Considerando que, ao longo dos tempos, as pessoas sempre possuíram ou possuem algum sistema de iluminação (tocha, vela, lamparina, lâmpada, lanterna, etc.), então essa analogia é compreensível. Obviamente, um correto sistema hermenêutico é extremamente útil na explicação de termos unívocos, equívocos e analógicos.

Tarefa desafiadora

Sustentar a ideia de um Deus que se revela num texto escrito não foi algo desafiador para o cristianismo no primeiro milênio e meio de sua história. De fato, por causa de sua origem judaica, o cristianismo primitivo habituou-se a reconhecer a autoridade dos documentos escritos como Escritura – ou seja, os cristãos acreditavam que a revelação e vontade de Deus estavam localizadas em materiais escritos que serviam para o culto e para as necessidades morais da comunidade de fé. “A noção de que a autoridade residia no que depois foi chamado de Escrituras do Antigo Testamento nunca foi questionada na comunidade cristã primitiva”.[5]

Todavia, na atualidade falar da revelação divina não é uma tarefa fácil. Afirmar hoje em dia que a Bíblia foi dada por Deus, e que por isso difere de qualquer outro texto, requer justificativas e explicações muito bem fundamentadas,[6] as quais são pouco aceitas especialmente em sociedades céticas e secularizadas.

Entretanto, a despeito de argumentos muito bem estruturados que se possam oferecer, a crença na revelação de Deus ao ser humano requer fé. Mas, como McGowan se apressa em afirmar, isso não significa tratar o cristianismo como anti-intelectual ou racionalmente inconsistente, beirando a um “cego fideísmo”.[7] Afinal, há várias obras que tratam da temática da racionalidade da fé cristã, e o fazem com admirável consistência.[8]

Em última instância, como afirma Duncan Ferguson, a fé é uma pré-compreensão necessária para interpretar corretamente a fé cristã.[9] Isso não significa – sob hipótese alguma – que haja necessariamente oposição entre um estudo literário ou histórico da Bíblia e a fé. Todavia – como destacado por Ferguson – evidências históricas podem até sugerir a atuação de Deus nos eventos, “mas elas não podem suprir a experiência pessoal de confiança e compromisso no Senhor ressuscitado”.[10] Assim, para a compreensão e prática de uma hermenêutica bíblica, torna-se necessário o debate a respeito da Cristocentricidade da Escritura, com vistas à efetivação da confiança e compromisso pessoais do leitor contemporâneo.

Ao encerrar essa breve reflexão é importante lembrar que o desafio da leitura e compreensão da Bíblia é tal, que os cristãos devem encará-lo com cuidado e esmero; afinal, estão diante de um texto diferenciado, a auto-revelação de Deus. E, nesse sentido, o teólogo G.C. Berkouwer afirmou que “não há questão mais significativa em toda a teologia e em toda a vida humana do que a natureza e a realidade da revelação”.[11] Assim, os “cristãos sempre têm crido que a Bíblia é a Palavra de Deus”, e com isto entendem que “ela tem sua origem na atividade revelatória do Deus pessoal de quem ela fala […] e pela qual Ele se comunica com Suas criaturas que Ele fez”.[12]

[1] Virkler, Hermenêutica Avançada: Princípios E Processos De Interpretação Bíblica. 9.
[2] Silva, Introdução À Hermenêutica Bíblica: Como Ouvir a Palavra De Deus Apesar Dos Ruídos De Nossa Época. 15.
[3] Os três itens comentados a seguir estão fundamentados em Klein et al., Introduction to Biblical Interpretation. 19-21.
[4] Edward John Carnell, An Introduction to Christian Apologetics : A Philosophical Defense of the Trinitarian-Theistic Faith, 3d edition. ed. (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1948). 144.
[5] Lee Martin McDonald, The Formation of the Christian Biblical Canon, Rev. and expanded ed. (Peabody, Mass.: Hendrickson Publishers, 1995). 1.
[6] A. T. B. McGowan, The Divine Authenticity of Scripture : Retrieving an Evangelical Heritage (Downers Grove, Ill.: IVP Academic, 2007). 31.
[7] Ibid. 31, 32.
[8] Algumas dessas obras: Cornelius Van Til and K. Scott Oliphint, The Def

Sexo Neutro

Pr. Rafael Rossi

A nova geração é a geração da indecisão. Movidos pela massa, muitos estão indo para onde a maioria vai, mesmo não fazendo nenhum sentido. Os jovens sempre foram aventureiros, mas com a revolução digital, a modernidade e os seus conceitos impactaram profundamente o estilo de vida das pessoas. Hoje, a internet e as tecnologias de comunicação são a base dos relacionamentos da sociedade e a Igreja deve oferecer a resposta e o caminho para as crises morais e sociais que estamos vivendo.

Estou me referindo nesse artigo diretamente à reportagem da Revista Veja, de 17 de fevereiro de 2016, que traz como capa o gênero neutro, ou seja, uma terceira opção ante os “tradicionais” masculino ou feminino. Há, também, um outro conceito advindo dessa possibilidade, o da sexualidade fluída, até então desconhecida da maioria das pessoas. A sexualidade fluída desconhece as fronteiras do gênero, ou seja, a forma como se lida com sexualidade é imprevisível e indeterminada.

O assunto não é tão novo. No dia 1º de abril de 2014, a mais alta corte da Austrália reconheceu que uma pessoa pode ser legalmente reconhecida por um gênero neutro. Dizia o texto: “a Suprema Corte reconhece que uma pessoa pode não ser nem do sexo masculino, nem do sexo feminino, e permite, assim, o registro do sexo de uma pessoa como ‘não especificado'”, disse, em julgamento unânime, que rejeitou a apelação feita pelo estado de New South Wales para que fossem reconhecidos apenas os sexos masculino e feminino.

Na França, pela primeira vez, uma pessoa de 64 anos ganhou na Justiça o direito de que fosse alterada e inclusa em sua certidão de nascimento a descrição “gênero neutro”.
O magistrado que julgou o caso argumentou: “o sexo que foi atribuído no nascimento aparece como pura ficção imposta durante toda sua existência. Não se trata de reconhecer a existência de um ‘terceiro gênero’, mas de reconhecer a impossibilidade de atribuir um determinado gênero a esta pessoa”. [1]

Já surgem até novas formas de palavras para identificar esse gênero: alunx, amigx, etc. Diante do quadro, tenho algumas outras preocupações. A sociedade, em geral, adotou a ideia de relativização da Bíblia quando a verdade não é mais absoluta ou atemporal. E o agravante é que o conceito começa a fazer parte do vocabulário de alguns cristãos. Isso é muito perigoso. A Bíblia deixa bem claro que Deus criou homem e mulher, macho e fêmea para que cada gênero se relacionasse com o oposto.
A clara definição da Bíblia não pode ser entendida como algo ultrapassado, porque nela está a revelação de Deus. Adolescente e jovens que não cresceram em um ambiente espiritual tem muitas dificuldades de entenderem os temas espirituais.

E a igreja não pode e nem deve mudar do discurso bíblico para um que seja “moralmente aceito”. A revelação não pode ser nivelada pelo contexto cultural, mas a interpretação do presente deve ser sempre feita com a visão bíblica.

O apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 3:4, advertiu quanto aos tempos que viveríamos dizendo que os seres humanos seriam “mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus.” Não neutralidade espiritual como também não há neutralidade de gênero na ótica do conflito entre o bem o e mal.
Aqui está mais uma das artimanhas do inimigo de Deus para levar as pessoas para longe do plano original divino. Para a igreja, cabe o desafio de influenciar essas novas gerações, imprimindo em seus corações o desafio de ser fiel a verdade em todas as circunstâncias e que se preciso for, viver fora de suas paixões ou tendências naturais pelo amor do evangelho.
O conselho bíblico continua sendo válido: “Crede do Senhor vosso Deus e estareis seguros, crede nos Seus profetas e prosperareis.” (2 Crônicas 20:20).

[1] http://revistaladoa.com.br/2015/10/noticias/reconhecimento-genero-neutro-tendencia-em-paises-desenvolvidos#ixzz40EmorRTZ

Original em http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/rafael-rossi/sexo-neutro/

Semana Santa 2016 (agenda)

A partir do dia 19 de março, começa a Semana Santa, ou semana de oração do calvário, com o tema "ComPaixão".

Faremos uma semana de cultos abençoados em nossa igreja e você é nosso convidado muito especial:

Semana Santa “ComPaixão” (19 a 27/Mar)

Sábado (19/Mar):
      Escola Sabatina: 9h às 10h20
      Culto Divino: 10h30 - Semana Santa 2016
      Orador: Arymar (IASD Chabilândia)
Domingo (20/Mar): 19h - Dr. Walter (IASD Penha)
Segunda (21/Mar): 20h - Arymar (IASD Chabilândia)
Terça (22/Mar): 20h - Arymar (IASD Chabilândia)
Quarta (23/Mar): 20h - Arymar (IASD Chabilândia)
Quinta (24/Mar): 20h - Dr. Walter (IASD Penha)
Sexta (25/Mar): 20h - Dr. Walter (IASD Penha)
Sábado (26/Mar):
      Escola Sabatina: 9h às 10h20
      Culto Divino: 10h30 - Semana Santa 2016
      Orador: Pr. Judson Perez
Domingo (27/Mar): 19h - Dr. Walter (IASD Penha)