O inimigo realmente está irado com a igreja remanescente do
Apocalipse, aquela cujos membros guardam os mandamentos de Deus e têm o
testemunho Jesus (Ap 12:17). Se, por um lado, levantam-se alguns
relativizando a lei de Deus, afirmando, por exemplo, que tanto faz o dia
da semana que a pessoa escolhe santificar e que minimizam importantes
(mas não centrais, evidentemente) aspectos comportamentais e até de
saúde (como o consumo de cafeína),
por outro, grupos dissidentes passam a competir com a igreja
organizada. Se a igreja promove o lindo projeto Impacto Esperança, com
distribuição massiva de livros que custam aos membros apenas um real a
unidade (lá no fim vou contar como esse milagre é possível*), esses
dissidentes promovem ao mesmo tempo seus impactos isso ou aquilo.
Publicam seus próprios livros e acusam a igreja de distribuir
literatura sem valor, negando-se ao diálogo (também vou comentar isso
mais adiante**). Liberais e fanáticos remam para lados opostos, mas
ambos afundariam o barco, se pudessem.
É interessante notar que relativistas e fanáticos estão nos extremos
de uma mesma linha. Se uns (os liberais relativistas) desprezam os
escritos de Ellen White, os outros (os fanáticos) os distorcem,
descontextualizam e os apresentam sob uma falsa luz, criando até mesmo
aversão a eles. Os dois grupos criam problemas e levam as pessoas a
menosprezar a instituição e a igreja, o corpo que o senhor Jesus Cristo
estabeleceu com Seu ministério e o apóstolo Paulo defendeu com “unhas e
dentes”. Relativistas e fanáticos escrevem e agem para enfraquecer o
corpo e fortalecer um ministério/negócio pessoal. Não bastassem os
desafios inerentes à missão, a igreja ainda tem que lidar com as
consequências do trabalho desses “desinfluenciadores” digitais
inconsequentes.
A Igreja Adventista não vê com maus olhos o trabalho de ministérios
de apoio. Aqui no Brasil há alguns deles, como a Sociedade Criacionista
Brasileira (SCB), que há mais de quatro décadas trabalha em consonância e
em parceria com a Divisão Sul-Americana da IASD, e a Associação dos
Médicos Adventistas (AMA), cuja missão consiste em “integrar, motivar e
capacitar profissionais médicos adventistas para promover a divulgação
da mensagem bíblica de saúde e a restauração da imagem divina no ser
humano, contribuindo com a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia de
abreviar a volta de Cristo”. Esses ministérios não recebem dízimos e
somam seus esforços aos da igreja. São orientados pelo desejo de Jesus
expresso na oração registrada em João 17. Grupos que afirmam não
dialogar com a igreja e que motivam o divisionismo não podem ser
considerados de “apoio”.
O White Estate
já disponibilizou em sites e aplicativos em várias línguas (incluindo o
português) todos os escritos de Ellen White, e a Casa Publicadora
Brasileira, unida à igreja na América do Sul, tem feito grandes esforços
para levar os livros de Ellen ao público (como a recente campanha de
venda em massa de um lindo box contendo os cinco volumes da coleção
Grande Conflito por apenas R$ 15,00, ou mesmo este projeto). Mesmo assim, os críticos levantam a voz para disseminar suspeitas e maledicências.
Graças a Deus, conforme escrevi aqui,
ainda há esperança para a igreja. A tempestade está forte, querem
destruir sua identidade, mas Deus está à frente e a conduzirá até o fim.
De igreja militante ela será triunfante, e eu quero triunfar com ela!
Michelson Borges:
* Para que os livros missionários possam chegar aos membros da igreja
ao preço de um real a unidade, há uma parceria entre instâncias
administrativas e a Casa Publicadora Brasileira, que subsidiam a maior
parte do custo de produção.
** Fui um dos autores do livro missionários do ano passado, O Poder da Esperança,
e tanto eu quanto o Dr. Julián Melgosa doamos inteiramente como oferta
os direitos autorais da obra. Posso garantir que o livro foi escrito com
muita oração e consagração. Em todo o tempo tive bem claro em minha
mente que a verdade distintiva para este tempo deveria estar presente
naquelas páginas. Assim, o leitor, por meio de uma obra que o ajuda a
ter mais saúde emocional, aprende também sobre a volta de Jesus, o
estado do ser humano na morte, a lei de Deus e o sábado, o milênio, a
nova Terra e até sobre criacionismo. Quem leu sabe do que estou falando.
Quando os dissidentes dizem que os livros missionários são como “água
com açúcar”, isso magoa profundamente os que estão envolvidos em todo o
sério processo de produção desses materiais que têm levado tantas
pessoas a Jesus e aberto muitas portas para o evangelho.
“Não baixa sobre a igreja nenhuma nuvem para a qual Deus não esteja
preparado; nenhuma força oponente se tem erguido para opor-se à obra de
Deus, que Ele não haja previsto. Tudo tem ocorrido como Ele predisse por
meio de Seus profetas. Não tem deixado Sua igreja em trevas,
abandonada, mas traçou em declarações proféticas o que havia de
acontecer, e mediante Suas providências, agindo no lugar indicado na
história do mundo, Ele executou aquilo que Seu Santo Espírito inspirara
os profetas a predizerem. Todos os Seus desígnios se cumprirão e serão
estabelecidos” (Ellen G. White, Meditação Matinal 1977, p. 16).
“Erguem-se continuamente grupos pequenos que creem que Deus está
unicamente com os poucos, os dispersos, e sua influência é derribar e
espalhar o que os servos de Deus constroem. Espíritos desassossegados,
que desejam ver e crer constantemente alguma coisa nova surgem de
contínuo, uns aqui, outros ali, fazendo todos uma obra especial para o
inimigo e, todavia, pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados
do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de
quem há de realizar Sua grande obra” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, v. 1, p. 166).
Esse textos foram escritos em 1863; nessa época, sabemos que o povo
que Deus estava conduzindo eram os adventistas do sétimo dia, e Ellen
afirma que é por meio desse povo que Deus irá realizar Sua grande obra.
Amém!